segunda-feira, 19 de abril de 2010

REMUNERAÇÃO NO CEARÁ Média salarial entre as piores.

Embora em março deste ano o Ceará comemore os melhores resultados da série histórica do mercado de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na última quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em termos de rendimentos ainda há o que avançar. Ao mesmo tempo em que o emprego cresce, o salário médio de admissão no Estado, no primeiro trimestre de 2010, ainda está entre os piores no ranking das 27 unidades da federação, ocupando a 24ª colocação. Só não perde para os Estados do Amapá, Rio Grande do Norte e Paraíba.

Nos três primeiros meses deste ano, os trabalhadores que conseguiram emprego com carteira assinada, no Ceará, foram admitidos com um salário médio de R$ 650,27, cerca de 25% a menos que o salário médio nacional, que foi de R$ 816,70 - aumento real de 4,37% ante mesmo período de 2009. No ranking dos maiores salários médios de admissão, o Estado de São Paulo segue líder, com R$937,92, quase 15% a mais que a média do País. O Rio de Janeiro vem na sequência, com R$ 902,27; seguido pelo Distrito Federal (R$ 837,43) e Santa Catarina (780,11).

No Nordeste

Já na comparação com os demais estados do Nordeste, o Ceará vem na sétima posição, ganhando somente do Rio Grande do Norte (R$ 641,29) e da Paraíba (R$ 630,74). O maior salário médio de admissão, no primeiro trimestre deste ano, na Região é ostentado pela Bahia (R$ 761,02) - 9º no ranking nacional, mas que também está abaixo do salário médio do no País. O Maranhão vem em seguida, com R$ 732,19; seguido de Pernambuco (R$ 726,10), Alagoas (R$ 700,78), Sergipe (R$ 693,59) e Piauí (R$ 687,56).

Confrontando com a média do Nordeste (R$ 691,50), o salário médio de admissão no Ceará também deixa a desejar. Os trabalhadores que aqui foram contratados no primeiro trimestre de 2010 tiveram registrados na carteira profissional um rendimento cerca de 6% inferior.

No Estado, o salário médio de admissão dos homens ainda é superior ao do sexo feminino: quase 5%. No período, o sexo masculino foi admitido ganhando, em média, R$ 660,09, face R$ 629,15 recebido pelas mulheres. No País, o salário médio de contratação para homens foi de R$ 850,07, contra R$ 752,98 para o sexo feminino - aproximadamente 13% acima.

ANCHIETA DANTAS JR.
REPÓRTER
Diário do Nordeste

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