
Estação de Orós nos anos 1960 ainda com trilhos. Acervo Assopaneto.

Locomotiva em Orós nos anos 1920 (Arquivo Nirez).

HISTORICO DA LINHA: O ramal de Orós, com duas estações apenas, e partindo da estação de José de Alencar (depois Alencar), destinado a facilitar as obras do açude do mesmo nome, foi aberto ao tráfego no final de 1922. Foi desativado em 15 de maio de 1968, por ter sido considerado antieconômico. A sua supressão oficial data de 20/10/1973. A ESTAÇÃO: "No governo Epitácio Pessoa, a obra colossal (o açude de Orós) foi incluída no seu plano de realizações em favor do Nordeste (...) O Presidente celebrou contrato com a firma americana Dwight P. Robinson " Co. Inc. Em 1921 os trabalhos foram iniciados (...).Primeiramente houve o deslocamento da mata e logo mais surgiram as primeiras construções, tais como casas de residências, casas para trabalhadores, armazéns, galpões, hospital, prédio para usina e ereção de uma pequena igreja. No início da construção houve certa dificuldade em virtude da falta de estradas, mas com a construção do ramal ferroviário que partiu de José de Alencar atingindo Orós, com 42 quilômetros de extensão, os trabalhos tomaram grande incremento. Esta, em síntese, é a história da fundação da cidade de Orós, que surgiu do acampamento necessário à construção da grande barragem. Com a aglomeração humana, o comércio ganhou impulso e a localidade se desenvolveu rapidamente tendo-se em vista o caminho de ferro e a excelente rodovia" (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, vol. XVI, IBGE, 1959). A estação de Orós foi inaugurada em 1922. Como em Cariús, apesar do abandono da construção do açude, a cidade de Orós acabou por crescer e se desenvolver. Em 1956 foi criado o novo município de Orós, cujo território foi desmembrado do de Icó. Na verdade, as obras do açude, que tem capacidade de armazenamento para 2 bilhões de metros cúbicos de água, foram retomadas logo depois de o escritor acima ter completado seu relato. Em 1961, o açude foi entregue pronto. Já o ramal e a estação foram desativados em 1968. (Fontes: Ney Robinson Frota Rios, 2009; Arquivo Nirez; Ilustração Brasileira, 1922; DNOCS, 2006; Revista Ferroviária, 08/2000; Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, 1959; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht).
“Orós pra frente oásis do sertão, cidade beleza, riqueza, paisagem, amor e união”. Essa é nossa terra amada.
Por Josemberg Vieira
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