A procissão em louvor ao Senhor do Bonfim (Jesus Cristo Crucificado), na cidade de Icó, na região Centro-Sul. A festa é uma das maiores demonstrações de religiosidade popular do Interior do Ceará. A caminhada pelo centro histórico reuniu cerca de 20 mil devotos e segue uma tradição de 262 anos.
O fervor dos fiéis é demonstrado com a queima de uma longa bateria de fogos, que neste ano durou 15 minutos, explosão de milhares de bombas, que abala o chão do Largo do Théberge, atrai pagadores de promessa e impressiona a quem não está acostumado com o rito religioso e pagão que assinala os festejos de 1º de janeiro.
A multidão se arrasta pelo chão e mesmo as ruas largas e históricas da cidade não são suficientes para conter os milhares de devotos, oriundos do município e de outras cidades da região. Um grupo espera pelo momento solene de retirada da imagem do Senhor do Bonfim do altar mor e a sua colocação no andor, especial ornamentado, decorado e iluminado para a procissão. Os fiéis ficam concentrados em frente ao santuário para começar a caminhada que dura cerca de duas horas.
DEVOÇÃO
A caminhada é encerrada com a queima de fogos e de bombas por cerca de cinco minutos. Provoca um barulho imenso, que atrai pagadores de promessas e devotos que se posicionam para assistir ao espetáculo de explosões sucessivas no Largo do Thebérge. “A festa em louvor ao santo é a expressão da fé da comunidade local marcada por intensa devoção e esperança em dias melhores”, disse o bispo, dom João Costa, da diocese de Iguatu.
Com fé e emoção, católicos da cidade de Icó festejaram desde o último dia 22, novenário em honra ao santo, que não é o padroeiro, mas demonstra ser o de mais forte devoção. A padroeira de Icó é Nossa Senhora da Expectação, festejada em dezembro. Na prática, os festejos prosseguem até o próximo dia 6, quando haverá a tradicional cerimônia de recolocação da imagem no altar mor.
DN CENTRO SUL
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