sábado, 4 de fevereiro de 2012

Força-tarefa investiga 60 crimes misteriosos

Um grupo de delegados veio do Interior para reforçar a equipe da DHPP, provisoriamente, nas investigações

Uma força-tarefa da Polícia Civil terá a missão de investigar e elucidar cerca de 60 crimes de morte ocorridos nos últimos 30 dias na Grande Fortaleza. A missão foi entregue a um grupo formado por seis delegados, três escrivães e três inspetores. Os assassinatos podem estar ligados, em sua maioria, a cobranças do tráfico de drogas e a casos de vingança. Na manhã de ontem, o grupo foi apresentado à Imprensa na sede da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A formação da força-tarefa foi determinada pelo delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, Luiz Carlos Dantas, e terá na supervisão-geral o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Jairo Façanha Pequeno.

O coordenador da equipe de trabalho, delegado Rodrigues Júnior, diretor da DHPP, revelou que caberá aos integrantes do grupo a realização de diligências, remessa de pedidos de prisão e de busca e apreensão ao Judiciário, além da tomada de depoimentos e acareações, procedimentos necessários para o esclarecimento dos crimes e indiciamento dos acusados. Os seis delegados que formam a força-tarefa são, Eliana Maia Soares (da delegacia de Alto Santo), Rosane de Queiroz Brasil (Iracema), Danilo Rafanele Moura de Santana (São João do Jaguaribe), Narthan da Costa Andrade (Orós), Fernando Figueiredo de Vítor (Pacujá) e Armando Albuquerque Silva (Tamboril). Os delegados da própria DHPP também atuarão nas investigações complementares.

PM confessa

Um dos crimes já foi solucionado pela força-tarefa. O fato ocorreu na semana passada. Durante o decorrer das investigações, o soldado da Polícia Militar, Victor Hugo Fernandes Cavalcante, 23, lotado no Ronda do Quarteirão, confessou ser o responsável pela morte do professor de idiomas Domingos Sávio Maia Sobrinho, 34, na manhã de dia 27 passado, em uma suíte do ´Motel Hora d´Amar´, no Genibaú. Ele, no entanto, garante que o tiro foi acidental e ocorreu no momento em que tentava de desvencilhar de uma "investida" da vítima, que teria declarado ser apaixonada pelo policial. O diretor adjunto da DHPP, delegado Franco Pinheiro, tomou o depoimento do acusado. Ao indagar o motivo de o PM não ter pedido socorro, o delegado recebeu como resposta de Victor Hugo ter ficado transtornado com a situação.

O militar disse que foi ao motel com Sávio Maia porque seria, naquela área da capital cearense, o único estabelecimento onde poderiam encontrar bebida e utilizar um banheiro limpo.

O acusado teve prisão preventiva decretada pela Justiça a pedido da Polícia Civil.

FERNANDO RIBEIRO / FERNANDO BARBOSA
EDITOR DE POLÍCIA/REPÓRTER
DN

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