Fiscais do Ibama apreenderam cerca de 350 aves mortas,
envenenadas no Sítio Cavaco, localizado na zona rural de Quixelô. As aves foram
levadas para a sede do órgão na cidade de Iguatu, no Centro-Sul do Estado
Iguatu Fiscais do escritório do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) intensificaram, nos últimos
dias, nos Municípios de Quixelô e de Iguatu, na região Centro-Sul, ações de
proteção às aves silvestres. Neste período do ano, verifica-se a produção de
arroz irrigado em várias localidades rurais. Para evitar o ataque dos pássaros
ao plantio de arroz, alguns produtores fazem armadilha ou chegam a instalar
isca com veneno.
Um exemplo aconteceu no Sítio Cavaco, área rural entre
Quixelô e Iguatu. Uma denúncia anônima levou os fiscais do Ibama à descoberta
de um crime ambiental. Estima-se que mais de mil pássaros foram envenenados e
queimados perto de uma área de cultivo de arroz. Cerca de 350 aves mortas foram
flagradas na propriedade. Os bichos foram conduzidos para a sede do Ibama,
nesta cidade.
A proprietária do sítio, Josefa da Silva Araújo, negou a
autoria do crime ambiental. Entretanto, os fatos são indícios fortes da
ocorrência do crime ambiental. "Houve o flagrante, registramos o Termo
Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na delegacia de Polícia Civil e
encaminhamos registro do crime à Promotoria Pública de Justiça", explicou
o chefe do escritório do Ibama em Iguatu, Fábio Bandeira. "Aplicamos multa
de R$ 500 por ave, totalizando R$ 175 mil".
Logo após a denúncia, o agente ambiental do Ibama, Alberto
Castro, esteve na propriedade para verificar a mortandade dos pássaros, mas só
encontrou uma ave morta. "Vi penas e fiquei desconfiado", contou.
"A proprietária negou". No dia seguinte, Castro retornou de surpresa
pela manhã cedo e encontrou cerca de 350 aves mortas, envenenadas.
"Estavam a cinco metros da área de produção de arroz", disse.
O veneno foi colocado em sementes de arroz e quando as aves
se alimentaram pela manhã, morreram em seguida. "Deixamos umas três
amostras que foram congeladas e serão encaminhadas ao Ibama em Fortaleza para
análise em laboratório", explicou Castro.
Dentre os que morreram havia exemplares de pássaro preto,
casaca de couro, galo de campina, rolinha e canário. Nesse período, começa o
plantio de arroz irrigado nas várzeas do Açude Orós, em terras dos Municípios
de Iguatu e Quixelô. São cerca de 4000 mil hectares de áreas produtivas.
Neste ano, cerca de 3000 hectares serão cultivados. Os produtores
rurais reclamam do ataque das aves que se alimentam na época de colheita de
sementes no cacho, gerando prejuízo.
Risco
O agente ambiental Alberto Castro observou que os arrozeiros
devem usar trabalhadores e técnicas para afastar as aves como espantalho, e
também meios que façam barulho.
"Quando se verifica que há risco à saúde pública ou
enorme prejuízo econômico, o Ibama, após estudo rigoroso, pode fazer o controle
populacional dos pássaros, mas jamais o produtor rural pode agir por conta própria
e eliminar as aves, que é crime ambiental".
A atenção dos fiscais do Ibama vai se estender até dezembro,
quando ocorre o fim da colheita de arroz irrigado nas várzeas do Açude Orós. O
período mais crítico verifica-se a partir de outubro quando as sementes se
formam no cacho das plantas.
Mais informações:
Escritório do Ibama em Iguatu
Rua Adeodato Matos, 63
Bairro Aeroporto
Telefone: (88) 3581. 2349
DIÁRIO DO NORDESTE.
Corretíssimo ,os produtores tem geadas ,secas , javalis , pombos , araras , papagaios, enchentes e o mau exemplo da lei de proteção aos animais e meio ambiente, para prejudicarem eles tem que se defenderm . Visto que ninguém paga o prejuízo .Sem contar os ladrões.
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