Segundo a médica Tânia Brígido, “os extremos” podem adquirir mais facilmente a doença, como crianças, idosos, diabéticos e pessoas com doenças crônicas.
Febre alta, tosse, dor no peito, fraqueza e “catarro”. Uma infecção invade o corpo humano e se instala no pulmão, provocando tais sintomas. Não estamos falando da gripe, mas da pneumonia. De acordo com o boletim divulgado ontem segunda-feira (12) – Dia Mundial contra a Pneumonia – pelo Ministério da Saúde, no Brasil foram registradas 750.006 internações por influenza (gripe) e pneumonia no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), no ano de 2011.
A pneumonia é a doença que mais mata crianças menores de 5 anos e chega a ser responsável por 18% do total de mortes nessa faixa etária. De acordo com a Organização Mundial da Sáude (OMS), mais de 99% dos óbitos provocados pela pneumonia são registrados em países em desenvolvimento, onde a maioria das crianças não tem acesso ao sistema de saúde. A estimativa é que a doença mate 1,2 milhão de crianças menores de 5 anos todos os anos no mundo, mais que os óbitos provocados pela aids, pela malária e pela tuberculose juntas.
Dados do estado
A Secretária de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), no último balanço realizado – em 2010 – 1.966 pessoas chegaram a óbito por causa da doença. Desse total, o número de idosos com mais de 70 anos aparece com 72% das mortes, bem mais que a metade. Já as crianças de 0 a 9 anos têm um percentual de 4,2%.
Dos últimos quatro anos de balanço (2007 a 2010), o total de óbitos de 2010 aparece em segundo lugar, perdendo somente para o ano de 2009, com 2.084. Além disso, a Sesa informou que o hospital tido como referência estadual em doenças do coração e do pulmão é o de Messejana. Dessa forma, crianças ou adultos com pneumonia devem ser encaminhados para lá.
Segundo a Secretária de Saúde de Fortaleza, não há um registro do total de internações de pessoas com pneumonia na capital. A alerta é de que os suspeitos de estarem com a infecção procurem qualquer posto de saúde.
Sobre a doença
Segundo a chefe de pneumologia do Hospital de Messejana, médica Tânia Brígido, “os extremos” são considerados mais sensíveis a adquirir a doença, como crianças, idosos, diabéticos e pessoas com doenças crônicas pulmonares. Dessa forma, a busca pela vacinação nesses casos deve ser mais intensa. Esses pacientes estão mais propícios também a internações, por apresentarem um quadro mais fragilizado.
Comparada com a gripe, a pneumonia pode ser menos contagiosa. “A gripe geralmente acontece de maneira leve, mais limitada. Não chega a ter sintomas tão intensos quanto a pneumonia”, afirmou. A médica também esclarece que não é possível uma evolução da pneumonia para a tuberculose, diferentemente da gripe.
Segundo Tânia Brígido, o diagnóstico é realizado através da análise do quadro clínico, verificando todos os sintomas. Depois, a doença é constatada por meio de exames físicos e radiografia do tórax.
Tratamento
O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. De acordo com o ministério, a internação hospitalar pode ser necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue por causa da grande quantidade de secreção, dificultando a troca de gases.
Fatores de risco
Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos.
Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório.
Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias.
Resfriados mal cuidados.
Mudanças bruscas de temperatura.
Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório.
Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias.
Resfriados mal cuidados.
Mudanças bruscas de temperatura.
Com informações da Agência Brasil
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