Sara cursa o primeiro ano do Ensino Médio no Colégio Luciano Feijão, onde estuda com bolsa integral, e tirou 651,54 na nota do exame, sendo aprovada em sua primeira opção de curso. Seu pai, o militar José Maria Lemos Torres, conta que, para fazer a prova, ela teve alguns contratempos, como ter contraído catapora. "Ela teve que fazer a prova em uma sala separada".
A família estuda a possibilidade de entrar na Justiça para que a estudante possa cursar o nível superior, porém, apresentam receios quanto à idade de Sara. "Com apenas 12 anos, ter que mudar de cidade para cursar a faculdade deixa qualquer um preocupado", aponta José Maria. Apesar disso, o pai garante que o orgulho vem desde cedo, quando Sara pôde adiantar um ano no Ensino Fundamental e, com 8 anos, conseguiu acompanhar uma turma de inglês para adultos.
Sara conta que demorou quatro horas para fazer a primeira prova, porque ficou esperando o tempo limite para levar o caderno para casa. Já no segundo dia ela recorda que usou o tempo máximo devido à redação, onde tirou 600 pontos. "Quando minha mãe me inscreveu, ela fez isso no último dia, a fim de que ganhasse experiência. Meu pai passou no vestibular na época com pouco estudo".
Ela afirma que, se conseguir, gostaria de cursa a faculdade agora, mas se não for possível, vai esperar até o ano que vem, para acompanhar melhor as cadeiras. "Sempre gostei de cálculo, tirei 789 na prova de cálculo do Enem. Por isso quero cursar Engenharia da Computação".
A irmã mais nova de Sara, Samara Cavalcante Lemos, de 11 anos, diz que quer seguir os passos da irmã e fará o Enem quando estiver no Nono Ano. "Também quero fazer algo voltado para a Engenharia, penso entre a Civil e Computação". José Maria aponta que há uma grande interação entre as duas.
Fonte: Diário do Nordeste
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