A estiagem prolongada após um
inverno considerado abaixo da média contribui para o agravamento da situação no
campo a cada dia que passa. Se as dificuldades por água para o ser humano são
muitas, imagine em relação aos animais. Pior que isso: sem chuvas não há pasto
e o alimento destinado ao rebanho bovino, por exemplo, começa a faltar. O nível
de armazenamento de água com as chuvas deste ano foi algo insignificante e o
volume nos mananciais nunca esteve tão baixo.
Na região do Cariri, a situação é
grave em vários municípios como é o caso de Assaré, onde os criadores estão
bastante preocupados com o quadro de estiagem. Nem as chamadas chuvas das
frutas vieram para amenizar as dificuldades. Manter o rebanho com ração é
impraticável em virtude das condições financeiras dos pecuaristas. O dinheiro é
pouco, a ração é cara e o preço do animal segue em queda. Segundo o colaborador
do Site Miséria em Assaré, Júnior Sulterio, o gado debilitado ainda tem que
percorrer alguns quilômetros em busca da pouca água que ainda resta.
O líquido para o consumo humano
não é diferente e muitos estão na obrigação de comprar água num caminhão pipa
que passa de porta em porta vendendo o líquido anunciado como de boa qualidade.
As águas de chuvas armazenadas em cisternas durante o inverno a fim de passar
por um processo de decantação, foi em pequena quantidade. Em várias localidades
rurais de Assaré, Salitre e Campos Sales, por exemplo, a saída é comprar água
para beber e não passar privações nas atividades domésticas.
AGENCIA MISÉRIA
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