quinta-feira, 31 de outubro de 2013

TCU aponta falhas em obra da BR-116

O trecho entre o Km 420,7 e o Km 478,2 da BR-116 - que compreende ligação entre os municípios de Icó, Barro e Milagres, no Ceará - foi apontado com falhas estruturais e funcionais no pavimento pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A extensão faz parte de uma obra ainda em andamento, que está 96,52% concluída, porém, a auditoria do TCU apontou que a qualidade de 63% do trecho restaurado é regular ou ruim.
A empresa responsável pela intervenção na rodovia terá que realizar uma perícia técnica aprofundada e corrigir as irregularidades divulgadas no relatório

O Tribunal cobrou ações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão responsável pela reforma, para corrigir as falhas.

De acordo com o relatório do TCU, o Dnit informa que vai notificar a empresa supervisora do contrato para que se pronuncie a respeito dos defeitos apontados e realize perícia técnica aprofundada e avalie a situação encontrada, indicando as medidas corretivas. A empresa executora da obra deverá também apresentar cronograma para atender, de imediato, as soluções indicadas, concluiu o documento do Tribunal de Contas.

Enquanto isso, a Terrabrás, responsável pela obra, informou ao TCU que executou a obra atendendo a todas as especificações e normas técnicas vigentes e indicadas no contrato, assim como as instruções do edital, acrescentando que as intervenções foram feitas conforme as "características intrínsecas do projeto da pavimentação" e ressaltou que todas as exigências tecnológicas estabelecidas foram atendidas.

Os principais problemas foram observados nos trechos entre o Km 432,4 e Km 432,6 que apresentou uma série de trincas, resultado da ação das cargas de tráfego. Entre o Km 453,6 e Km 454,4 e entre os Km 472,6 e o Km 473,4, aparecem afundamentos no asfalto, formados pelas rodas dos veículos, de acordo com o TCU.

Condições

Em relação à análise funcional, uma avaliação dos defeitos superficiais, das condições de trafegabilidade e do desvio da superfície da rodovia apresentou boa condição em 97,74% dos trechos. "O resultado satisfatório da atual condição funcional não implica condição estrutural adequada, pois ainda não houve ação do tráfego com potencial para degradar substancialmente a rodovia", declarou a equipe de auditoria.

O relatório apontou que as falhas podem não estar relacionadas à execução das obras, mas ao projeto de pavimentação, que indicou a reciclagem de camadas do revestimento da pista.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Dnit na tarde de ontem, mas não obteve retorno para tratar do assunto.


DIÁRIO DO NORDESTE

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