Quatro pessoas foram presas em
flagrante durante a operação “Caça-Fantasma” que cumpriu dez mandados de busca
e apreensão nos municípios de Mombaça e de Fortaleza. O resultado da operação
de combate a fraudes em licitações foi apresentado pelo Ministério Público do
Estado do Ceará (MP-CE) no fim da tarde
desta quinta-feira (14). A força-tarefa contou com promotores de Justiça com
atuação na unidade regional de Quixadá, representante Ministério Público de
Contas do Ceará (MPC-CE), delegados e
agentes da Polícia Civil.
Segundo o Ministério Público
Estadual, o secretário de Finanças e o chefe de gabinete da Prefeitura de
Mombaça foram presos em flagrante por falsidade ideológica e por fraudes em
licitações. Os outros dois presos durante a operação, o pai do prefeito e o
secretário de Infraestrutura, foram detidos por posse ilegal de arma, mas
pagaram fiança e foram liberados. Cinco mandados de busca e apreensão foram
cumpridos em Fortaleza e outros cinco em Mombaça.
De acordo com o MP-CE, a
investigação constatou que uma empresa foi contratada, de forma irregular, nos
últimos anos pela Prefeitura de Mombaça, por valores superiores a R$ 2 milhões.
Só em 2013, a empresa foi vencedora da licitação para reforma do Terminal
Rodoviário de Mombaça, no valor de R$ 877.244,33, custeado pelo Governo do
Estado do Ceará e pelo Município de Mombaça.
No cumprimento da busca e
apreensão na sede da Prefeitura de Mombaça, foram encontradas outras provas de
fraudes a licitações e pagamentos irregulares. Entre elas, uma licitação
finalizada e assinada com a data de 18 de novembro de 2013, próxima
segunda-feira, ainda com documentos pendentes.
O Ministério Público de Contas
também investigou a empresa e verificou a não existência da mesma no endereço
indicado no processo licitatório. Também ficou comprovado que, a despeito da
empresa “fantasma” ter sido contratada para realizar a reforma, quem estava
executando o serviço era um pedreiro local que afirmou, em depoimento prestado
junto ao Ministério Público naquela cidade, ter sido contratado diretamente
pelo prefeito de Mombaça, por R$ 128 mil.
Diante disso, o poder judiciário
determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal, bem como a indisponibilidade
dos bens móveis e imóveis do prefeito e dos representantes da empresa. Além
disso, determinou a suspensão dos repasses financeiros do Governo do Ceará ao
Município de Mombaça, no que diz respeito à obra de reforma do terminal
rodoviário, bem como proibiu a empresa “fantasma” e seu sócio-administrador de
serem contratados pelo poder público.
Do G1 CE
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