Encontrado corpo do Crediarista
que estava desaparecido desde o dia 30 de dezembro. O corpo, em adiantado
estado de putrefação foi localizado num matagal entre a vila Moura e o bairro
Chapadinha, por onde passa uma estrada carroçal. Junto ao corpo estavam a bolsa
do crediarista que ainda continha cartões de crediário dos clientes, uma camisa
com marcas de sangue e um capacete. A camisa estava pendurada em uma árvore e
tinha perfurações à bala e faca.
O local onde o corpo foi deixado
é de difícil acesso. Foi preciso os policiais entrarem matagal à dentro num
percurso de cerca de 500 metros de mata fechada junto com a equipe do IML para
resgatar o corpo até o rabecão. A operação foi acompanhada pelo delegado
regional, Agenor Freitas de Queiroz, o sargento Marcelo, do P.O.G. e o cabo
Rodrigues do Ronda do Quarteirão. Viaturas do P.O.G., e do Ronda do Quarteirão
e policiais das duas guarnições trabalharam no apoio às equipes de resgate e
investigação.
O resgate do corpo demorou cerca
de uma hora e meia. Somente por volta das 10h30 foi possível o corpo ser
encaminhado ao IML.
Segundo o sargento Marcelo, um
colega seu de corporação recebeu um bilhete anônimo informando a localização do
corpo da vítima. O delegado Agenor Freitas declarou que o bilhete pode ter sido
escrito pelos próprios algozes da vítima e enviado à polícia na tentativa de
incriminar alguém do bairro Chapadinha.
O delegado Agenor, sargento
Marcelo e o cabo Rodrigues ainda percorreram outra área ao redor do local onde
o corpo foi encontrado, na tentativa de encontrar algum vestígio deixa pelo
autor ou autores do crime. O delegado investigava principalmente marcas
deixadas por pneus de motocicleta. Agora, segundo ele, o trabalho investigativo
continua para descobrir quem praticou a barbárie contra o crediarista. Agenor
declarou que já se propôs, juntamente com alguns policiais para prestar
depoimento em juízo, como testemunhas do caso, já que ele afirma que não há
testemunhas das duas comunidades, porque as pessoas têm medo de falar e sofrer
alguma retaliação ou pagar o preço até mesmo com a própria vida.
De acordo com o delegado Agenor
Freitas de Queiroz, a última vez que o crediarista foi visto foi no dia do
desaparecimento, quando segundo testemunhas ele foi levado por alguns homens da
Vila Neuma, onde estaria trabalhando fazendo cobranças. A esposa do
crediarista, Maria Crizeuda Cardoso declarou em entrevista à Rádio Mais FM, que
naquele dia ele havia saído de casa, no bairro Areias por volta das 14h30
afirmando que iria fazer cobranças no João Paulo II, depois na Vila Neuma. Na
entrevista, Crizeuda declarou que o esposo tinha recebido ameaças para não
trafegar mais na Vila Neuma numa moto que ele havia adquirido de um homem do
bairro Chapadinha. Na manhã da terça, 31 de dezembro a polícia foi informada
sobre uma moto encontrada queimada no lixão da Chapadinha. De acordo com as
investigações feitas pela Polícia foi constatado que era a moto em que o
crediarista trafegava quando desapareceu.
O delegado Agenor Freitas de
Queiroz informou que parte do caso fica elucidado com a localização do corpo. O
passo seguinte, segundo ele será identificar as pessoas que sequestraram a
vítima e levaram para o local onde ele foi morto. Agenor declarou que a polícia
investiga se aqueles que praticaram o sequestro são os mesmos que tiraram a
vida do crediarista. O delegado também quer saber se o crediarista sofreu algum
tipo de tortura antes de morrer.
MAIS FM
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