quarta-feira, 7 de maio de 2014

Mortandade de peixes causa prejuízo médio de R$ 300 mil no Açude Orós

Orós. Nas localidades de Jurema e de Pereiro dos Pedros, na Bacia do Açude Orós, na região Centro-Sul do Ceará, a mortandade de tilápias atingiu cerca de três mil gaiolas, deixando prejuízo para mais de 100 famílias. Os produtores trabalharam nos últimos três dias na retirada do pescado morto, que foi enterrado em valas próximas ao reservatório. A Associação Comunitária de Jurema ainda não tem um balanço do prejuízo financeiro e nem da quantidade de pescado morto, mas estima-se em torno de R$ 300 mil.

O prejuízo somente não foi maior porque 80% dos peixes foram comercializados durante a Semana Santa e somente estavam nos tanques-redes os pescados abaixo de 400 gramas, com quatro meses de vida.

A mortandade foi generalizada na localidade de Pereiro dos Pedros e cerca de 90% em Jurema. "Morreu todo o pescado do nosso grupo de produção", disse o piscicultor, Fausto Lima. "Essa é a segunda vez que ocorre, trazendo prejuízo para as famílias".

O produtor Luciano Rodrigues Braz trabalhou por dois dias seguidos na retirada do pescado morto, em meio ao mau cheiro. "Temos de enfrentar o prejuízo e fazer a retirada do pescado", lamentou. Alguns operários foram contratados pelos piscicultores para o serviço de condução do peixe apodrecido até as valas, por meio de carro de mão. Essa não é a primeira vez que o fenômeno ocorre. Nos últimos quatro anos tem se repetido com maior ou menor incidência nos meses de junho e julho, quando se verifica o fenômeno da inversão térmica e aumento dos índices de poluição, retirando o oxigênio da água.

Os piscicultores parecem acostumados e não adotam as medidas técnicas sugeridas: evitar alimentar o pescado, reduzir a quantidade por gaiolas, e retirar o peixe quando há sinais de que o fenômeno vai se verificar. Um deles é a mudança de coloração da água para verde escuro. A morte ocorre rapidamente, da noite para a manhã. Nos últimos quatro dias, houve queda de temperatura e incidência de ventos fortes. O Açude Orós recebe dejetos e esgotos da região.


DIÁRIO DO NORDESTE

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