Foi detectado no município de
Catarina, na Região dos Inhamuns, a 400 km de Fortaleza 10 (dez) ocorrências de
anemia e mormo em cavalos que participam de vaquejadas na região.
De acordo com informações dos
proprietários dos animais, a doença foi confirmada porque para transportar
animais de uma cidade para outra é necessário retirar uma GTA (Guia de
Transporte Animal) na secretaria municipal de Agricultura que emite a guia da ADAGRI, e o criador deve apresentar no ato da solicitação o atestado de sanidade
animal emitido por um laboratório
veterinário.
Segundo um dos criadores que
procurou a reportagem do Blog do Diomar Araújo, o veterinário realizou a coleta
de sangue nos equinos e 10 (dez) resultados deram positivo para as doenças de anemia e
mormo.
A nossa reportagem manteve
contato com a ADAGRI e de acordo com informações repassadas pelo veterinário e
fiscal regional da Agencia de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará, Dr. Paulo
Paixão, uma equipe da agencia estará nos próximos dias em Catarina e todos os
animais que estiverem com anemia e mormo serão sacrificados.
Mormo equino
A doença conhecida por Lamparão
causada pela bactéria Burkholdelia mallei é uma zoonose (pode ser transmitida
ao homem). No animal não é realizado tratamento, pois ele fica portador e
transmissor da doença pelo resto da vida, por isso é sempre sacrificado. A
transmissão se da pelo contato com as secreções e ingestão de água e comida
contaminada. Sinais clínicos mais comuns: nódulos nas mucosas nasais, secreção
nasal (catarro), pneumonia. Na forma aguda febre alta, fraqueza, prostração,
pústula na mucosa nasal que se transforma posteriormente em ulceras profundas
com secreções inicialmente amareladas e depois sanguinolentas. A doença é de
notificação obrigatória junto a Organização Mundial de Saúde está sujeita a
normas especificas para controle e erradicação.
Anemia equina
A anemia infecciosa equina (AIE)
é uma afecção cosmopolita dos eqüinos, causada por um RNA vírus do gênero
Lentivirus, da família Retrovírus. O vírus, uma vez instalado no organismo do
animal, nele permanece por toda a vida mesmo quando não manifestar sintomas. É
uma doença essencialmente crônica, embora possa se apresentar em fases
hiperaguda, aguda e subaguda.
Sintomas: Os cavalos infectados
podem apresentar febre de 40 a 41, 1° C, hemorragias puntiformes embaixo da
língua, anemia, inchaço no abdômen, redução ou perda de apetite, depressão e
hemorragia nasal. A doença afeta também os asininos (jumentos e jumentas) e
muares (burros e mulas).
Contaminação: A transmissão
ocorre através de picada de mutucas e das moscas dos estábulos; materiais
contaminados com sangue infectado como agulhas, instrumentos cirúrgicos, groza
dentária, sonda esofágica, aparadores de cascos, arreios, esporas e outros
materiais, além da placenta, colostro e acasalamento.
Reportagem: Blog do Diomar Araújo
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