Faltando menos de um mês para a
finalização do prazo legal para o registro das candidaturas que comporão as
chapas nas próximas eleições, a indefinição do nome que concorrerá ao comando
do Palácio da Abolição, com o apoio do governador Cid Gomes, vem deixando o
clima cada vez mais tenso entre os partidos que formam a base de apoio do PROS
no Ceará. Por conta da demora, algumas das legendas que fazem parte da aliança
já pensam em assumir uma nova posição no quadro de articulações políticas que
se consolidam no Estado.
Na última terça-feira (03), o
presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab,
esteve reunido, em São Paulo, com o pré-candidato ao Governo do Ceará, Eunício
Oliveira (PMDB). No encontro, que também teve a presença de presidente do
diretório cearense do PSD, Almicy Pinto, os líderes discutiram a possível
formação de alianças para o apoio às candidaturas dos dois partidos. A intenção
do PSD é a de aumentar o número de representantes do partido no Congresso
Nacional, condição que, segundo as analises, é mais favorável com a união ao
PMDB. Em entrevista ao Ceará News 7, o deputado federal Manoel Salviano (PSD)
declarou que sua legenda também pode compor a chapa majoritária, no próximo
pleito, ao lado do senador.
Já a crise entre o PROS e o
Partido Popular Socialista (PPS) deve-se ao possível apoio do grupo de Cid
Gomes ao pré-candidato do PT ao Senado Federal, José Guimarães. Para o
presidente do PPS no Ceará, Alexandre Pereira, seu partido não tem como dar
continuidade ao acordo se tiver que aceitar a indicação do petista, abrindo mão
de uma candidatura própria.
Moroni Torgan, presidente do
Democratas (DEM) no Estado, declarou no início deste mês que “o candidato do
DEM é o que o Cid indicar aqui no Ceará”. O apoio do ex-deputado federal ao
governador, aparentemente, não repercute entre os membros da Executiva Nacional
do DEM. Para o presidente da legenda, senador José Agripino Maia, o seu partido
não formará palanque com Cid nas próximas eleições. Moroni também estaria desagradando
seus correligionários cearenses, que ficaram incomodados com a centralização do
comando do partido e com sua possível aproximação com o PT, que também está ao
lado do PROS. Uma reunião entre as lideranças locais e nacionais do DEM está
sendo agendada para os próximos dias.
O Solidariedade é o quarto
partido que pode romper com a base de apoio ao governador. O deputado federal
Paulinho da Força, presidente nacional da legenda, vou visto por diversas vezes
conversando com o senador Eunício Oliveira. Os debates ainda seguem para
avaliar a possibilidade de apoio da à candidatura do PMDB. O deputado federal
Genecias Noronha, que comando o Solidariedade no Ceará e é próximo aos Ferreira
Gomes, não se pronuncia sobre o assunto.
Ceará News 7
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