Neste ano, começou mais cedo o tradicional cultivo de arroz
irrigado nas várzeas do Açude Orós e do Rio Jaguaribe, na região Centro-Sul do
Ceará. As terras agricultáveis ficam localizadas neste município e em Quixelô.
Em comparação com o ano passado, haverá uma redução de 50% da área. A
estimativa é de plantio de 150 hectares. O trabalho inclui 300 pequenos
produtores rurais.
O açude Orós é o segundo maior do Ceará com capacidade para
armazenar 2 bilhões de metros cúbicos de água. Atualmente, reservatório acumula
61% de sua capacidade, segundo dados da Companhia de Gestão de Recursos
Hídricos (Cogerh). O cultivo de arroz irrigado nas várzeas do Orós começou na
década de 1960, após a construção do açude. Com o passar do tempo a atividade
foi se expandindo e atingiu o auge na década de 1990.
Os agricultores do entorno perceberam que no segundo semestre
de cada ano, depois da quadra invernosa, há disponibilidade de terras férteis,
que ficam descobertas. À medida que a água vai baixando, os agricultores
avançam com o plantio, nos meses de junho, julho e agosto. O ciclo produtivo
termina com a colheita, em dezembro e janeiro, antes da chegada novamente das
chuvas.
As áreas de cultivo variam segundo o nível do reservatório.
Neste ano, beneficiam as localidades de Serrote e Várzea Grande, em Iguatu e
outros sítios em Quixelô. “O melhor seria se o açude estivesse com pelo menos
70% da capacidade”, disse o produtor rural, Francisco José Braz. “A área de
cultivo seria ampliada, beneficiando mais agricultores”.
No verão de 2013, o cultivo atrasou por causa da dificuldade
de transferência de água para as áreas de produção. Na época, a Prefeitura de
Iguatu atendeu a solicitação dos produtores rurais e contratou uma máquina
retro escavadeira que fez a reabertura e ampliação de um canal de terra,
possibilitando a irrigação de cerca de 300 hectares de arroz.
“O plantio começou no fim de junho e vai até agosto”, disse o
pequeno produtor rural, Marconi Chagas da Silva. Neste ano, o trabalho começou
mais cedo porque o canal feito em 2013, facilitou a irrigação, a transferência
de água do Rio Jaguaribe para as áreas de cultivo. Centenas de produtores
rurais fazem o serviço de preparo de terra e alguns já plantaram e começaram a
irrigar.
Diário Centro-Sul Honório Barbosa
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