A polícia militar da cidade de
Iguatu elucidou a morte do jovem José Filho de Ribeiro de Souza, de 26 anos,
encontrado ontem, dia 07, em avançado estado de decomposição nas proximidades
do lixão da cidade. Menos de 24 horas após o achado do cadáver, o irmão de José
se apresentou espontaneamente na Delegacia Regional de Polícia da cidade
confessando ser o autor do homicídio.
Se dizendo arrependido, Cícero
Ribeiro de Souza, 35 anos, descreve que não tinha a intenção de matar seu irmão
e que tudo aconteceu muito rápido. “Começamos a discutir e quando vi estávamos
brigando. Dei uma gravata nele e ele apagou. Ainda tentei acorda-lo, mas ele
não se mexia. Fiquei nervoso [...] Fugir”, relata.
Cícero conta que ficou sabendo
sobre a morte de “Nego Té”, como era popularmente conhecido, através de uma
rádio local. Ele então teria ido se esconder na casa de uma tia, no bairro João
Cabral. Neste ínterim, o delegado Agenor Freitas de Queiroz se deslocou até a
cidade de Acopiara, na Comunidade de São Paulino, onde José residia, para
interrogar seus familiares.
Os parentes afirmaram que José
“não tinha inimigo” e que não “passavam de boatos” as ameaças supostamente
sofridas por ele. “Era mentira, depois ficamos sabendo que essas histórias
foram inventadas para que ele morasse aqui com a gente”, relata a parente,
reforçando a suspeita sobre Cícero.
De acordo com o laudo emitido
pelo Instituto Médico Legal (IML) de Iguatu, “a causa da morte foi
indeterminado”, o que levantou questionamentos do Delegado. “Ele tinha apenas
uma marca no pescoço, espécie de ferimento que pensávamos ter sido causado por
faca ou algum objeto cortante, mas, de acordo com o laudo, a traqueia dele
estava intacta”, ponderou Agenor.
“O laudo técnico talvez tenha
sido mal elaborado, deveria apontar a causa da morte, achamos que a quantidade
de gazes tóxicos presentes no local tenha contribuído para sua morte”, finaliza
Agenor.
ENTENDA O CASO
Desaparecido desde a última
quinta-feira, dia 03, o corpo de José Filho foi encontrado por catadores e
recicladores que passavam pelo lixão, situado a margem da CE 282, rodovia que
liga os municípios de Iguatu a Icó.
Assim como seu irmão, “Nego Té”
trabalhava com reciclador e residia em Acopiara, na Comunidade de São Paulino.
Ele respondia criminalmente por estupro e dois furtos.
IGUATU.NET
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