Um clarão visto em várias partes do céu do Ceará na tarde desta segunda-feira, 20, impressionou moradores. Segundo o professor Dermeval Carneiro, diretor do Planetário Rubens de Azevedo, “muito provavelmente” o fenômeno é decorrente da Chuva de Meteoros Orionídea, que deve ser observada até o dia 28.
A chuva é causada pelos detritos do cometa Halley, que passou pela Terra em 1986. O professor Dermeval explica que a poeira de meteoritos se formou quando o cometa passou perto do Sol.
“A pressão do vento solar aquece o núcleo do cometa e faz com que ele deixe detritos, que ficam em órbita do Sol. A Terra, em sua volta em torno do Sol, se encontra com esses vestígios”, explica. Quando as rochas entram na atmosfera, o atrito gera queima e calor, provocando o clarão.
Ainda segundo Dermeval, ao entrar no planeta, a grande maioria das rochas se desintegra e já chegam em pedaços ao solo terrestre. “Geralmente, elas não trazem perigo. Pode acontecer de alguma rocha resistir e cair (no solo). Mas não há nenhum registro ainda este ano”, diz. Até a noite de ontem, segundo Dermeval, não foram encontrados vestígios do meteoro.
A Chuva de Meteoros Orionídea leva esse nome porque ocorre no espaço da constelação de Órion. No último dia 16, o fenômeno foi visto por moradores de Recife (PE). Conforme o professor Dermeval Carneiro, o fenômeno tem pico máximo para visualização até o dia 22.
O POVO
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