sexta-feira, 10 de outubro de 2014

IGUATU: OBRAS DO CAMPUS MULTI-INSTITUCIONAL ESTARIAM PARALISADAS

As obras de construção do campus Multi-institucional de Iguatu, que deve integrar os campus da Universidade Regional do Cariri (Urca), da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Faculdade de Tecnologia Centec (Fatec), iniciadas em 2010, estão paralisadas há 10 meses, segundo os estudantes da unidade entrevistados pelo O POVO. De acordo com os alunos, durante todo esse período, nenhum operário foi visto trabalhando no canteiro de obras da unidade.

Uma estudante do curso de Enfermagem ouvida pelo O POVO Online conta que o prédio em que hoje funciona a Urca, numa antiga escola, tem péssimas instalações. “O Corpo de Bombeiros, inclusive, disse que a cantina da faculdade não tem segurança quanto aos botijões de gás, que estão muito expostos ao sol. Fizeram algumas reformas, mas um telhado caiu no semestre passado. A sorte é que ninguém se feriu”, conta a aluna.

Por falta de aparelhos de ar condicionado, os próprios estudantes do curso resolveram se unir, juntaram dinheiro e instalaram um equipamento numa das salas. Ela conta ainda que o laboratório cabe, no máximo, 15 pessoas e a turma dela tem mais de 40 alunos. “Ficamos nos revezando e acabamos perdendo o conteúdo”, afirma.

Outro aluno, da Educação Física da Urca, diz que todos os cursos sofrem problemas por conta das instalações. No caso dele, a questão é a falta de estrutura da quadra poliesportiva. “O curso de Enfermagem recebeu uma das melhores avaliações do País. Ainda assim, não existe investimento do Estado”, critica.

A assessoria de comunicação da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará (Secitece) informou, por meio de nota, que a obra do Campus Multi-institucional de Iguatu está orçada em R$ 18.204.481,00, dos quais R$ 16.384.032,90 (90% da construção) são financiados pelo BNDES-Estados e os outros 10%, correspondentes a R$ 1.820.448,10, são de responsabilidade do governo estadual. O prazo estimado para conclusão é dia 15 de dezembro de 2014.

Segundo a assessoria de imprensa, a obra nunca esteve paralisada. “O que ocorreu foi uma diminuição do ritmo de trabalho por conta da demora na liberação do recurso do BNDES, que obedece a um cronograma de desembolso próprio do banco. Por conta da demora nesta liberação, o Governo do Estado teve que assumir toda a obra. No entanto, os recursos do BNDES já foram repassados, o Governo ressarcido e a questão já normalizada”. Ainda de acordo com a nota, a construção está 87,48% concluída e conta com 63 trabalhadores.


Redação O POVO Online

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