“Icó pede paz, ninguém aguenta mais”. Este foi o mote e o
grito de guerra da caminhada “Icó Pede Paz”, que passou pelas principais ruas,
avenidas e becos da cidade de Icó nesta sexta-feira, 10, e clamou por ações das
autoridades locais e estaduais para trazer uma sensação de segurança na
comunidade local.
Estudantes, professores, representantes da sociedade
organizadas, políticos, comerciantes, integrantes de instituições públicas e
privadas, dentre outros, estiveram presentes. Comércios foram fechados ou
pararam seus serviços para darem apoio à manifestação.
O percurso teve início no começo da manhã, na praça do bairro
BNH, simbolicamente uma área que conviveu com fatos recentes de violência, e
seguiu até as proximidades da Coluna da Hora, no Centro Comercial de Icó.
Entre a saída e a chegada, a caminhada contou com duas
paradas, uma no meio do percurso e outra ao final. Na oportunidade, falas de
representantes das igrejas católicas e evangélicas, sindicatos, escolas, da
Câmara de Dirigentes Lojistas [CDL] e da Justiça local destacaram a importância
do ato.
“O Icó pede paz. Não dá mais para se conviver com tanta
violência, os mercantis assaltados, as lojas. O boletim de ocorrência é
importante, é ele que mostra ao Governo a fragilidade que nós temos na
segurança. Quando você não faz o B.O. [Boletim de Ocorrência] você está dizendo
que não tem crime em Icó”, destacou Gecione Martins, presidente da CDL de Icó,
sobre a importância de o registro ser feito pela população icoense.
Este é um dos pontos que integram um documento contendo 12
propostas com ações que visem diminuir a sensação de insegurança no município.
Entre as solicitações, estão a criação de mais uma Vara Judiciária na Comarca
de Icó e de um Batalhão de Divisas, o funcionamento da Guarda Civil Municipal e
a implantação de um sistema de monitoramento de segurança com câmeras.
“Pessoal, hoje nós fizemos história no Município de Icó. Nós
demonstramos que o ódio é menor do que o amor. O amor é superior ao ódio. Que o
perdão é superior à vingança. Que a paz é mais forte que a violência. Então
sejamos, com a graça de Deus, construtores desta paz, mas cidadãos conscientes
para exigir os seus direitos”, frisou o promotor de Justiça de Cedro, Dr.
Leydomar Pereira, que se pronunciou enquanto cidadão icoense.
“Eu peço às classes políticas de Icó: Esqueçam as cores,
esqueçam que vocês são divididos por uma cor ou outra. Vejam a sociedade de
branco que é a reunião de todas elas, e juntos vamos tentar almejar à
Assembleia Legislativa, ao Governo do Estado a conseguir mais uma Vara Judicial
em Icó”, pontuou o promotor de Justiça da Comarca de Icó, Dr. Thiago Marques.
O evento foi realizado por cerca de 20 entidades
representativas da sociedade de Icó, dentre elas associações, igrejas católicas
e evangélicas, CDL, sindicatos, escolas públicas e privadas, Maçonaria,
movimentos e grupos organizados.
Yuri Guedes Miséria
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