terça-feira, 14 de outubro de 2014

MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE TROPAS FEDERAIS PARA GARANTIR 2º NO CEARÁ

A Procuradoria Regional Eleitoral do Ceará (PRE-CE) pediu nesta segunda-feira, 13, envio de tropas da Força de Segurança Nacional para garantir o 2º turno das eleições na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo a PRE, medida é necessária diante de denúncias de Cid Gomes (Pros) da existência de “milícias” na Polícia Militar do Estado e acirramento entre grupo do governador e aliados de Capitão Wagner (PR) na corporação.

Segundo a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), a decisão foi tomada pela PRE em diálogo com a presidente da Corte, Iracema do Vale. O pedido será protocolado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo TRE, que irá notificar o governo do Estado questionando sobre a real necessidade do reforço. Caso o governador concorde, a Corte deve reforçar o pedido de tropas.
“Tem-se situação de notório acirramento de ânimos considerando o engajamento em campanha eleitoral do candidato Capitão Wagner, candidato mais votado ao cargo de Deputado Estadual, opositor do grupo político liderado pelo Governador Cid Ferreira Gomes”, diz a PRE.
De acordo com o Ministério Público Eleitoral, a presença de tropas federais seria necessária na Região Metropolitana de Fortaleza, incluindo os municípios de Caucaia, Maracanaú, Maranguape e Pacatuba, além da capital cearense. A ideia seria evitar cerceamento das atividades da PM, bem como da "prática esdrúxula" de fixar viaturas em pontos fixos, evitando fiscalização militar.

Milícias

Nas eleições de 5 de outubro, o governador deu declarações de que “milícia” estaria atuando para desequilibrar a disputa em benefício de Eunício Oliveira (PMDB). Segundo Cid, militares ligados ao grupo estariam prendendo apoiadores de Camilo Santana (PT). O próprio governador passou parte do dia em delegacia de Sobral, após aliado seu ser detido acusado de comprar votos.

Já Capitão Wagner, por outro lado, rebateu as acusações de Cid. Segundo ele, o governador faz discurso de quem “viu possibilidade de perder o poder”. O próprio Wagner disse que iria sugerir a Eunício que pedisse intervenção federal para garantir realização “limpa” do segundo turno.


O POVO

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