A Procuradoria Regional Eleitoral do Ceará (PRE-CE) pediu
nesta segunda-feira, 13, envio de tropas da Força de Segurança Nacional para
garantir o 2º turno das eleições na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo
a PRE, medida é necessária diante de denúncias de Cid Gomes (Pros) da
existência de “milícias” na Polícia Militar do Estado e acirramento entre grupo
do governador e aliados de Capitão Wagner (PR) na corporação.
Segundo a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE),
a decisão foi tomada pela PRE em diálogo com a presidente da Corte, Iracema do
Vale. O pedido será protocolado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo
TRE, que irá notificar o governo do Estado questionando sobre a real
necessidade do reforço. Caso o governador concorde, a Corte deve reforçar o
pedido de tropas.
“Tem-se situação de notório acirramento de ânimos
considerando o engajamento em campanha eleitoral do candidato Capitão Wagner,
candidato mais votado ao cargo de Deputado Estadual, opositor do grupo político
liderado pelo Governador Cid Ferreira Gomes”, diz a PRE.
De acordo com o Ministério Público Eleitoral, a presença de
tropas federais seria necessária na Região Metropolitana de Fortaleza,
incluindo os municípios de Caucaia, Maracanaú, Maranguape e Pacatuba, além da
capital cearense. A ideia seria evitar cerceamento das atividades da PM, bem
como da "prática esdrúxula" de fixar viaturas em pontos fixos,
evitando fiscalização militar.
Milícias
Nas eleições de 5 de outubro, o governador deu declarações de
que “milícia” estaria atuando para desequilibrar a disputa em benefício de
Eunício Oliveira (PMDB). Segundo Cid, militares ligados ao grupo estariam
prendendo apoiadores de Camilo Santana (PT). O próprio governador passou parte
do dia em delegacia de Sobral, após aliado seu ser detido acusado de comprar votos.
Já Capitão Wagner, por outro lado, rebateu as acusações de
Cid. Segundo ele, o governador faz discurso de quem “viu possibilidade de
perder o poder”. O próprio Wagner disse que iria sugerir a Eunício que pedisse
intervenção federal para garantir realização “limpa” do segundo turno.
O POVO
Nenhum comentário:
Postar um comentário