Para a Comissão Estadual da
Verdade, de São Paulo (CEV/SP), o ex-presidente da República Juscelino
Kubitschek foi assassinado pela ditadura militar. A conclusão, divulgada nesta
quinta-feira (11), contradiz a versão apresentada pela Comissão Nacional da
Verdade (CNV), em abril deste ano, de que Juscelino morreu em acidente de
carro.
Para a CNV, o ex-presidente
Juscelino Kubitschek e seu motorista, Geraldo Ribeiro, não foram vítimas de
homicídio. Eles morreram em decorrência das lesões causadas pela batida entre o
Opala que transportava o presidente e um caminhão Scania, que vinha no sentido
oposto da Rodovia Presidente Dutra, local do acidente, no município de Resende
(RJ), em 22 de agosto de 1976.
Embasada por relatório preparado
por uma equipe de mais de 20 professores e pesquisadores da Universidade de São
Paulo (USP) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a CEV/SP enfatiza que “a
investigação da Comissão Nacional da Verdade sobre o caso JK é de baixa
qualidade técnica, em razão do que ignora, em razão do que escolhe
arbitrariamente analisar e em razão do que escolhe arbitrariamente concluir”.
As investigações, segundo a
CEV/SP, abrangeram desde as ameaças de morte sofridas pelo ex-presidente até a alteração
do veículo e a não preservação do local do acidente para perícia. Também houve,
segundo a comissão, tentativa de pagamento de suborno ao motorista do ônibus,
que fechou o carro em que estava o ex-presidente, antes que viesse a colidir
com o caminhão. “Houve adulteração do local, houve adulteração do
posicionamento dos veículos, houve o bloqueio a qualquer registro idôneo (…),
houve tentativa de comprar confissões (…), houve perícia em automóvel, que não
é o do ex-presidente”, diz trecho do relatório.
Fonte: Agência Brasil via MISÉRIA
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