Mais um ano sangrento. Na noite
desta quinta-feira (8) a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS) publicou em seu site os números relativos aos assassinatos no Estado em
2014. Foram, nada menos, que 4.439 pessoas vítimas de homicídios, latrocínios
(roubos seguidos de morte) ou lesões corporais seguidas de morte, 44 a mais que
em 2013 (4.395).
Ainda assim, o órgão diz ter sido
"positiva" a sangrenta estatística, assinalando ter sido mantida uma
tendência de "desaceleração" dos Crimes Violentos, Letais e
Intencionais (CVLIs). Ainda de acordo com a informação publicada oficialmente,
somente em Fortaleza (Capital), ocorreram 1.989 assassinatos, contra 1.993
casos no ano passado, o que representa um descréscimo de 0,2 por cento.
Já na Região Metropolitana de
Fortaleza (todos os municípios metropolitanos menos a Capital), ocorreram em
2014, 860 crimes de morte. Em 2013, segundo a SSPDS, foram 932, o que significa
uma queda de 7,7 por cento.
E, ainda de acordo com as
informações oficiais, entre as seis Áreas Integradas de Segurança (AIS)
localizadas em Fortaleza, em duas delas houve redução no número de crimes de
morte.
Na AIS-1, que abrange toda a
faixa territorial que vai do Centro até a Barra do Ceará, houve uma queda nos
CVLIs da ordem de 12,7 por cento. A outra área que apresentou redução de CVLIs
foi a AIS-6, que engloba toda a faixa litorânea de Fortaleza (do Caça e Pesca à
Barra do Ceará). Ali, segundo a SSPDS, a redução de mortes violentas
(assassinatos) foi mais acentuada em comparação a 2013. Uma queda de 29,3 por
cento.
Operações
A SSPDS atribui essa
"desaceleração" ao trabalho integrado que vem sendo realizado pelos
organismos que compõem o órgão (polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e
Perícia Forense).
Nas ruas, no entanto, a sensação
de medo permanece na população. Os assassinatos viraram uma rotina para as
comunidades de toda a Capital. Nem mesmos aqueles bairros considerados
"nobres" escapam das execuções sumárias que ocorrem todos os dias.
Prova disso é que, em apenas oito dias de janeiro de 2015, 62 assassinatos já
ocorreram somente na Grande Fortaleza.
A Polícia admite que, a maioria
absoluta dos homicídios está relacionada ao tráfico de drogas. Execuções
sumárias determinadas por traficantes viraram um desafio para as autoridades. O
próprio governador recém-empossado Camilo Santana (PT) sabe da gravidade do
quadro na Segurança Pública no Estado e prometeu diante dos jornalistas durante
sua posse no Palácio da Abolição, que irá tratar desta área administrativa
"pessoalmente".
Fonte: Blog do Fernando Ribeiro
via Miséria
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