Os 32 casos de sarampo
confirmados somente este ano e os 695 casos de 2014 no Ceará têm gerado
preocupação também em outros estados. Por ser um destino turístico bastante
procurado, o Ceará e principalmente Fortaleza pode exportar casos da doença
para outras partes da federação. Em Boa Vista, capital de Roraima, foi confirmado,
neste mês, um caso de sarampo “importado” do Ceará. A situação colocou em
alerta os órgãos de saúde do Amazonas, estado vizinho.
De acordo com o noticiado no
Jornal A Crítica, no Amazonas, mesmo sem registro de sarampo desde 2000, a
Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) daquele estado encaminhou nota técnica
de alerta às secretarias de Saúde da capital e do interior do Amazonas.
Por considerar que a doença é uma
infecção aguda, de natureza viral, o órgão recomenda que as ações para
assegurar a ampla cobertura vacinal, com a imunização das crianças menores de
cinco anos, sejam reforçadas.
Na campanha nacional contra o
sarampo, realizada em 2014, a cobertura vacinal no Amazonas ficou em 68,5% do
público-alvo.
Para Márcio Garcia, coordenador
de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria Estadual da Saúde do Ceará, as
campanhas de incentivo a vacinação para turistas que vêm ao Estado cabem ao
Ministério da Saúde. Contudo, o coordenador lembra que “qualquer pessoa de 1 a
49 anos pode procurar uma unidade de saúde pública e requerer a vacinação, que
é gratuita e segura”.
“O que temos feito sempre, e que
se intensificou no período anterior ao Carnaval, é incentivar a vacinação
geral, em todo o Estado e em Fortaleza, inclusive em áreas em que se concentra
a visitação por pessoas de outros estados. Ampliar a vacinação é a forma que
temos de evitar a disseminação do surto de sarampo não só no Ceará, mas também
impedindo os casos em que a doença possa ser exportada”, explica Garcia.
Redação O POVO Online
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