A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (8) as medidas
econômicas que estão sendo adotadas para o país voltar a crescer. Segundo ela,
durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, na tentativa
correta de defender a população, o governo absorveu, até o ano passado, todos
os efeitos negativos da crise econômica internacional, lançando mão do
Orçamento para proteger o crescimento, o emprego e a renda das pessoas, mas não
havia como prever que a crise mundial duraria tanto tempo.
Dilma destacou que as correções e ajustes na economia, mesmo
que signifiquem alguns sacrifícios temporários para todos e críticas injustas e
desmesuradas ao governo, são a forma de dividir a carga negativa com os setores
da sociedade. “São medidas para sanear as nossas contas e, assim, dar
continuidade ao processo de crescimento com distribuição de renda, de modo mais
seguro, mais rápido e mais sustentável”.
A presidenta destacou que as correções estão sendo feitas de
forma com que todos suportem a sua aplicação. “As medidas estão sendo aplicadas
de forma que as pessoas, as empresas e a economia as suportem. […] Este
processo vai durar o tempo que for necessário para reequilibrar a nossa
economia. […] Mais importante, no entanto, do que a duração dessas medidas será
a longa duração dos seus resultados e dos seus benefícios. Que devem ser
perenes no combate à inflação e na garantia do emprego”.
Dilma lembrou que as medidas incluíram o corte de gastos do
governo, a revisão de certas distorções em alguns benefícios e a redução,
parcial, de subsídios de créditos e desonerações nos impostos, “dentro de
limites suportáveis pelo setor produtivo”.
Em seu pronunciamento, ela ressaltou a importância da
população em todo esse processo de retomar o crescimento do país. “Você tem todo
direito de se irritar e de se preocupar. Mas lhe peço paciência e compreensão
porque esta situação é passageira. O Brasil tem todas as condições de vencer
estes problemas temporários - e esta vitória será ainda mais rápida se todos
nós nos unirmos neste enfrentamento”.
Apesar das medidas, o governo diz que vai manter e melhorar
os programas de infraestrutura. “Nossas rodovias e ferrovias, nossos portos e
aeroportos continuarão sendo melhorados e ampliados. Para isso, vamos fazer,
ainda este ano, novas concessões e firmar novas parcerias com o setor privado”,
disse.
A presidenta destacou ainda o fortalecimento moral e ético do
país, com a prática da justiça social em favor dos mais pobres e a justiça
contra os corruptos. “É isso, por exemplo, que vem acontecendo na apuração
ampla, livre e rigorosa nos episódios lamentáveis contra a Petrobras”, disse
Dilma.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário