Fortaleza. Os efeitos da seca, que têm penalizado os
municípios nordestinos, não podem prescindir da conclusão das obras de
transposição do Rio São Francisco. Esse foi um dos pontos colocados em pauta,
ontem, durante a Abertura da programação da XVIII Marcha a Brasília em Defesa
dos Municípios, que acontece no Centro de Convenções Internacionais. O encontro
reune cerca de 3 mil gestores s e mais de 1.500 vereadores.
O tema da seca teve o destaque de líderes gestores da
Paraíba, por meio do presidente da Federação das Associações de Municípios da
Paraíba (Famup), Antônio Patriota e da Associação dos Municípios e Prefeitos do
Ceará (Aprece), Expedito José do Nascimento.
Durante a abertura do evento, que contou com as presenças
ainda do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) Paulo
Ziulkoski, e do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, Patriota disse que que
são cinco anos consecutivos de estiagem, que impacta mais de 22 mil habitantes,
moradores do Semiárido. "Não podemos negar um copo de água a quem te
direito a vida", afirmou.
Já o presidente da Aprece chamou a atenção para o grande
número de cidades cearenses que estão requerendo a decretação do estado de
emergência, por conta da escassez dos recursos hídricos. Dos 184 municípios do
Estado, apenas 30 não pleiteiam ainda essa condição, a fim de requerer ações
emergenciais do governo federal.
"Para nós prefeitos nordestinos é fundamental que não
haja interrupção nas obras da transposição", disse Expedito do Nascimento.
Ele informou que Aprece está acompanhando com apreensão as ações de combate,
uma vez que a crise se acentua a cada momento.
Exigências
De acordo com as normas do governo federal, o município só
pode realizar os procedimentos legais para decretação se dentre as
consequências se atinja parâmetros como danos humanos, materiais ou ambientais
e prejuízos públicos superiores a 2,77% da Receita Corrente Líquida (RCL) ou
Prejuízos privados superiores a 8,33% da RCL.
Após essa análise e concretizando-se a situação, deverá
preenchida e encaminhada à Brasília, anexando os documentos obrigatórios por
meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID).
Para o presidente da Aprece, trata-se de uma burocracia que
pode demorar na resposta para problemas sérios vividos pelos municípios, mas
que devem ser enfrentados de forma técnica para que os pleitos sejam atendidos.
Para tanto, ele informou que a entidade vem disponibilizando assessoria técnica
aos gestores municipais para elaboração dos documentos.
Municípios fora do Estado de Emergência
Acarape
Barbalha
Baturité
Coreaú
Crato
Cruz
Eusébio
Fortim
Fortaleza
Guaiuba
Guaramiranga
Horizonte
Icapuí
Itaitinga
Itapajé
Itapipoca
Itarema
Juazeiro do Norte
Maracanaú
Moraújo
Paraipaba
Paramoti
Poranga
Potengi
Salitre
Santana do Acaraú
Senador Sá
Tianguá
Trairi
Tururu
Marcus Peixoto Repórter
Diário do Nordeste
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