Um tremor de terra assustou os moradores de três cidades da
Região Norte do Ceará nesta quarta-feira (13). Moradores de Meruoca, Alcântara
e Sobral tiveram ranhuras nas casas e ouviram tremulação das telhas durante
cerca de dois minutos durante a manhã. Segundo a Defesa Civil, até a tarde
desta quarta não há registro de ocorrências graves em decorrência do tremor,
mas os fiscais ainda verificam se houve incidentes em localidades na zona rural
dos municípios. O tremor atingiu magnitude 3,2 segundo o Laboratório
Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
"Até o momento não chegou a nós nenhuma ocorrência
grave, de pessoa ferida ou desabamento. Ainda estamos verificando em regiões
onde o abalo foi forte, em áreas mais distantes, mas estamos confiantes de que
não ocorreu nenhum prejuízo material ou humano grave. Foi apenas um
susto", diz o coordenador da Defesa Civil de Sobral, Rinaldo Nogueira.
Segundo o Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN), que
registra tremores na região, a mesma área havia sentido um tremor de magnitude
2,9 há oito dias. Os abalos na região normalmente tem magnitude que varia entre
2 e 3 graus, segundo o coordenador da Defesa Civil, mas já chegou a atingir 4,3
pontos de magnitude.
Causa dos tremores
Tremores de terra são comuns no Ceará. Segundo Eduardo
Menezes, técnico do Laboratório de Sismologia da UFRN, os tremores ocorrem
devido a fossas subterrâneas que estão constantemente em atividade sismológica.
As fossas são ligadas ao encontro das placas tectônicas no Oceano Atlântico,
que ligam a América do Sul ao continente africano. Os tremores também podem
estar relacionados à atividade sismológica das placas tectônicas.
Desde 2008, a atividade sísmica da região é monitorada pelo
Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O mais forte tremor registrado na região foi também em Sobral, em 2009, e
chegou a 4,3. Esse tremor causou rachaduras em estruturas de concreto e
derrubou móveis em residências e comércios. O tremor atingiu uma área de 200
quilômetros de raio e chegou a afetar cidades do litoral cearense, como
Fortaleza.
Do G1 CE
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