Apesar de estar em evidência a notificação de três mortes,
entre as quais a do deputado estadual Wellington Landim, a ocorrência de
meningite no Ceará continua com o mesmo padrão desde 2012, diz nota técnica divulgada
pela Secretaria da Saúde do Estado.
Segundo a secretaria, neste ano, até maio, foram constatados
12 casos da doença e dois óbitos no Estado. O terceiro caso confirmado foi o do
deputado, que morreu no dia 9.
De acordo com secretaria, o maior número de casos de
meningite costuma ocorrer entre janeiro e maio. O infectologista Robério Leite,
do Hospital São José, em Fortaleza, explica que o fato tem a ver com o período
do ano em que há mudanças significativas no clima do Ceará. As chuvas e a alta
umidade facilitariam a transmissão da doença no estado nesse período, diz o
médico.
Ao comparar os dados de janeiro a maio de anos anteriores, a
secretaria demonstra que houve redução nos números da doença. Em 2012, foram
confirmados 56 casos. Em 2013 e 2014, foram 23 e 16, respectivamente. O número
de pessoas que morreram de meningite também: em 2012, foram notificadas 18
mortes, em 2013, oito e, em 2014, quatro.
A meningite que acometeu o deputado Wellington Landim é a do
tipo pneumocócica, causada por uma bactéria pouco transmissível, mas que
desenvolve uma forma muito grave da doença.
O tipo que tem mais possibilidade de causar surtos é a
meningite meningogócica, também bacteriana. Robério Leite ressalta que esse
tipo de meningite costuma afetar mais os adolescentes. “Não existe uma
explicação para isso, mas é possível que seja pelo fato de eles conviverem em
grupos muito próximos.”
A prevalência entre os jovens está expressa na nota técnica
da Secretaria da Saúde, segundo a qual a maior incidência da doença este ano é
na faixa de 15 a 29 anos.
(Agência Brasil)
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