O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, manifestou a
preocupação do governo com emendas à Medida Provisória (MP) 672/15, que estende
a atual política de reajuste do salário mínimo até 2019. Segundo Gabas, existem
emendas a serem votadas no Congresso que alteram a proposta original. Nelas,
segundo o ministro, os benefícios acima do piso salarial seriam corrigidos
utilizando a fórmula do salário mínimo. A proposta deverá ser apreciada nesta
quarta-feira (24) na Câmara dos Deputados.
Gabas disse que o governo vai conversar com parlamentares
para explicar a inviabilidade da proposta. “[A proposta de parlamentares] é que
os benefícios previdenciários também tenham ganho real, ou seja acima da
inflação. E nós explicaremos aos deputados que os impactos disso para a
previdência é muito alto. Não é possível reajustar todos os benefícios acima da
inflação”.
De acordo com o ministro, se essa proposta fosse aprovada e
aplicada ainda este ano, a partir de junho, a Previdência Social teria um gasto
adicional de R$ 4,6 bilhões. O gasto adicional correspondente ao ano todo seria
o dobro, de R$ 9,2 bilhões. “Isso é metade do ajuste que foi feito com tanto
esforço pelo governo, com tanta discussão para que o governo volte a investir e
o país volte a crescer. Isso inviabiliza nossa estratégia de sustentabilidade
da Previdência”. Em 2014, a Previdência Social fechou com déficit de R$ 58
bilhões. Atualmente, o governo paga R$ 26,7 bilhões em benefícios
previdenciários.
(Agência Brasil)
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