quinta-feira, 4 de junho de 2015

Número de mortes cai 27% nas rodovias estaduais de janeiro a abril

O número de acidentes nos quatro primeiros meses de 2015 caiu 22% nas rodoviais estaduais do Ceará, em relação ao mesmo período de 2014. No caso de mortes por acidentes de trânsito, a redução foi de 27%. Os dados foram apresentados ontem pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), como resultado de uma intensificação das blitze no Estado. 


Na ocasião, representações das gestões municipal e estadual e da sociedade civil começaram a discutir a elaboração do Pacto Social pela Paz no Trânsito. O protejo tem, como objetivos principais, a conscientização de condutores e a diminuição de acidentes e, consequentemente, de feridos e mortos na malha viária do Ceará.

“No curto prazo, a fiscalização sempre produz um efeito imediato”, pontua o secretário chefe de Gabinete do Governo do Estado, Élcio Batista, coordenador da ação. “É um indicador de que as blitze podem funcionar”. Os outros eixos de ação, aponta, são a prevenção e a educação.

O trabalho do Detran focou nas rodovias estaduais e no retorno das praias da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) nas tardes de domingo, explica o superintendente Igor Ponte. A partir destes primeiros balanços, ele ressalta, será possível fazer um “diagnóstico preciso” das causas dos acidentes. “E, principalmente, ter as estratégias para buscar a redução deles e diminuir o impacto que eles causam no sistema de saúde”.

Ainda serão construídas as metas e os prazos que serão buscados, ressalta Élcio Batista. Conforme o pacto for formatado, ele afirma, serão estabelecidos os objetivos a serem perseguidos - que podem ultrapassar a atual gestão. “Hoje, a gente não tem isso. A gente quer reduzir (os acidentes) porque os índices são altos. A meta sempre será tornar o Ceará um estado com indicadores semelhantes aos de países desenvolvidos”.

Nas próximas reuniões, pontua o coordenador do pacto, devem ser estabelecidas estratégias em outros campos, como a produção de campanhas para a sensibilização da população. “Assim, quando a gente for lançar o pacto, algumas ações já estarão em curso, e outras serão incorporadas”. Da reunião de ontem, ficou o compromisso com a elaboração de um diagnóstico para análises e com proposições de medidas de segurança no trânsito.

Depende da fiscalização, frisa Igor Ponte, a primeira forma de garantir a diminuição de acidentes. Tais práticas, assim como as de educação, reitera, devem ser permanentes. “Elas não funcionam se forem pontuais”. Apesar de ser necessário pensar a longo prazo, é preciso que as intervenções educativas funcionem desde agora, afirma o deputado Sérgio Aguiar, presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro. “Precisamos de educação não para as próximas gerações, mas para que quem já tem a carteira de habilitação seja consciente e pratique um trânsito seguro”.

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O POVO

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