Um homem de 60 anos, que responde pelo nome de Antônio Alves
de Araújo, conhecido como Caçarola, foi preso em flagrante no Bairro Pirambu,
periferia de Fortaleza, suspeito de tráfico de drogas. Mas o fato curioso é que
o suspeito recebia cartões de bolsa família em troca de drogas.
Segundo o delegado Barbosa, titular da Delegacia do Pirambu,
Caçarola é conhecido e temido na região, e recebia o cartão do Bolsa Família,
programa social do governo federal, em troca de pedras de craque. O homem já
foi detido há 11 anos por porte de drogas ilícitas, e hoje é uma das principais
pessoas que coordenam o tráfico de drogas no bairro.
Há alguns meses, denúncias contra o suspeito estavam sendo
registradas no 7º Distrito Policial, contudo, na tarde desta terça-feira (11)
uma denúncia fez com a polícia agisse na Rua Santa Inês, ao lado do número
1659, no Pirambu.
No local, os agentes encontraram uma casa em construção que
estava em obras há meses, que pertence a uma filha de Caçarola. Além do
principal suspeito, também estava na residência, Luis Carlos do Santos Silva
Junior, de 23 anos de idade, conhecido como Juninho, que no momento da
apreensão, estava portando pedras de crack em suas parte íntimas, juntamente
com uma quantia em dinheiro.
Juninho é suspeito de comercializar as drogas, enquanto fingia
ser operário da obra. Ele diariamente trajava a farda de uma empresa de
construção civil, que prestou serviços tempos atrás. O detalhe que chamou
atenção da população, foi que a construção da casa não avança. “Essa obra de
alvenaria que o Juninho estava fazendo, parece o metrofor, não acaba nunca”
completa o Delegado.
Caçarola é suspeito de articular uma quadrilha formada por
pessoas de sua confiança. Outra parte do material apreendido estava na casa de
sua outra filha.
“Acredito que com a prisão do Caçarola, venha diminuir muito
os homicídios o tráfico de drogas na região” conta o Delegado Barbosa.
Outra versão
Em entrevista a repórter do Barra Pesada, o principal
suspeito de comandar o tráfico de drogas afirma que comercializa tudo, menos
drogas. Caçarola diz que apenas articula a função de empréstimo de dinheiro em
troca do cartão do Bolsa Família. Exercendo uma função de agiota, também
ilegal.
Já Juninho, afirma não conhecer nem prestar serviços à
Caçarola, e que as drogas encontradas com ele são de uso pessoal.
Fonte: Tribuna do Ceará
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