A polícia de Santana do Cariri
recolheu mais um acusado de envolvimento no assassinato da adolescente Maria
Suyane de Sousa, de 15 anos. Trata-se do menor de iniciais R. A. X, que foi
apreendido no final da tarde desta terça-feira naquele município pelo
Subtenente Ariovaldo, o Cabo Mota e o Soldado Siebra. Na 19ª Delegacia Regional
de Polícia Civil de Crato, ele confessou sua participação no crime e deu
detalhes da trama que teria sido arquitetada por um casal preso no sábado.
Os jovens Fernando Coelho da Silva,
de 27, e Lucilene Carlos de Sousa, de 30 anos, moram em Crato e já respondem
processos por tráfico de drogas, enquanto a vítima seria usuária. O menor
apreendido ontem contou que a garota foi executada a pauladas e pedradas e o
casal teria retornado ao local do crime alguns dias depois acompanhado do
adolescente. Este confessou ter recebido R$ 500,00 para atear fogo no corpo com
o intuito de queimar, também, qualquer tipo de provas.
Só esqueceram de tocar fogo no
relógio e nas sandálias encontrados no dia 4 de setembro ao lado de alguns
ossos da vítima e outra revelação feita pelo garoto é que tinha sido ameaçado
de morte pelo casal preso preventivamente por decisão judicial. Nesta
quarta-feira (17) completa cinco meses que Suyane desapareceu e a elucidação do
caso se deu por meio de um trabalho conjunto desenvolvido por policiais civis e
militares com todo o apoio do Ministério Público e da Justiça.
Ao serem presos no último sábado,
Fernando e Lucilene negaram envolvimento no crime, mas, segundo o Delegado
Regional de Polícia Civil de Crato, Giuliano Vieira Sena, as evidências são
muitas. Ele agora está abrindo um procedimento contra o menor baseado no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e vai pedir a sua internação. O
casal deve responder por crime de homicídio e ocultação de cadáver e o menor
pela ocultação e até vilipêndio de cadáver. Entretanto, ainda falta a
confirmação oficial por meio do exame de DNA se os ossos que se encontram no
IML de Juazeiro são realmente de Suyane.
MISÉRIA
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