A greve dos bancários acabou nos bancos privados de quase
todo o Brasil, que reabrem hoje após 21 dias de greve. A paralisação continua
no Banco do Nordeste (BNB), Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil que
seguem em negociação com os grevistas. Em assembleia, a maioria dos bancários
aprovou o reajuste salarial de 10% para os salários - o que inclui 0,11% de
aumento real (acima da inflação) e correção de 14% nos vales refeição e
alimentação.
Além disso, os banqueiros aceitaram abonar cerca de 70% dos
dias parados. O restante, segundo informa o diretor executivo da Contraf-CUT,
Gustavo Tabatinga, será compensado na proporção de uma hora a mais, no
expediente interno, até o dia 15 de dezembro. Para o público, o funcionamento
continua o mesmo.
A proposta aprovada ontem foi a quarta oferecida pelos bancos
em quase um mês de negociação. Inicialmente a Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban) ofereceu 5,5% de reajuste e nas duas últimas semanas aumentou aos
poucos o índice de correção dos salários até chegar em 10%.
Os bancários pediam em sua pauta de reivindicações 16% de
reajuste - o índice incluía 5,7% de aumento acima da inflação medida pelo INPC
acumulado nos últimos 12 meses. Com o reajuste aprovado, a categoria acumula
ganho real de 20,83% nos salários e 42,3% nos pisos salariais.
Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a
regra prevê que será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79. O valor
fixo de 2014 (R$ 1.838) também será reajustado em 10%. A regra determina ainda
que devem ser distribuídos no mínimo 5% do lucro líquido. Caso isso não ocorra,
os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários.
No País são 512 mil bancários, sendo 142 mil representados
pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. (colaborou Lucas
Mota, com Folhapress).
O POVO
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