Leonardo Santana - Presidente da UBAM |
O evento acontecerá na
Câmara Municipal de Iguatu, para debater o Projeto da Zona Franca do Semi-Árido,
geração de emprego e a situação dos Municípios
Nesta
quinta-feira (29), às 16 horas, prefeitos, vereadores e lideranças cearenses,
participarão do Seminário da Zona Franca do Semi-Árido, proposta apresentada no
congresso, pelo deputado Wilson Filho (PTB-PB), através da PEC 19/2011, já
aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da câmara dos deputados.
O
projeto foi encaminhado ao parlamento pela União Brasileira de Municípios
(Ubam), objetivando a criação de uma área de livre comércio, que beneficiará as
1.134 cidades que compõem o polígono das secas e que são assistidas pela
Sudene.
Segundo
o presidente da Ubam, Leonardo Santana, no evento, que tem o significativo
apoio da Câmara Municipal de Iguatu, serão debatidos também os mais graves
problemas que atravessam as prefeituras municipais que, sendo ele, só não
fecharam de vez as portas por causa do patriotismo e da responsabilidade social
e política dos prefeitos.
Ele
destacou que os municípios brasileiros nunca estiveram tão fragilizados, já que
registram um déficit de caixa que ultrapassa os 20 bilhões de reais, devido às “nocivas
desonerações” promovidas pelo governo da União, desde 2008, beneficiando as
montadoras de automóveis e eletrodomésticos, causando um cataclismo financeiro
e social nos pequenos entes federados.
Leonardo
defende a reformulação do pacto federativo e que se tire do governo da União o
poder de decidir sozinho o rumo dos tributos, os quais têm fato gerador nos
municípios, sendo, porém os que menos recebem.
“Há
muitas pendências a serem colocadas na mesa. O governo da União precisa
entender que não pode governar sozinho, mantendo nos seus cofres a maior parte
dos impostos arrecadados e fazendo o que quer com eles inclusive mantendo
programas sociais que deveriam ser administrados pelas prefeituras. O Brasil é
uma República Federativa e não um feudo. É preciso tratar o tão propagado pacto
federativo de forma competente e não como mero assunto de segundo plano.” Disse
Leonardo.
A
Ubam defende que 50% de todos os tributos cobrados no país sejam repartidos
meio a meio com os Estados e Municípios, pois, segundo o presidente da
entidade, quando isso acontecer, nunca mais se verá prefeito em Brasília com a
cuia nas mãos, implorando ajuda do governo e do congresso.
Ele
explicou que a Zona Franca do Semi-Árido será uma grande área de livre
industrialização e comercialização internacional, contando com todos os
incentivos fiscais necessários para atrair investimentos dos paises mais
desenvolvidos do mundo, os quais mantêm relações comerciais com o Brasil, como
Japão, China, Canadá, Alemanha e EUA. O projeto, segundo ele, se constituirá na
redenção econômica e social do Nordeste, prevendo a geração de mais de 10 mil
novos postos de trabalho e erradicando de vez a exclusão social e o alto índice
de desemprego e combatendo o êxodo rural na forma adequada, que é gerar
oportunidade de vida aos nordestinos.
Redação/Ubam
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