Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os passageiros que
morreram estavam na cabine do coletivo com o motorista quando o acidente
aconteceu, quando deveriam estar sentados com cinto de segurança, conforme a
lei
Barro Nesta segunda-feira (16), um acidente envolvendo um
ônibus que transportava romeiros e um caminhão Bitrem resultou na morte de dois
homens. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), eles estavam na cabine do
coletivo com o motorista quando o acidente aconteceu. A polícia ainda investiga
as circunstâncias do acidente, mas há suspeita de que o motorista teria dormido
ao volante. Já alguns passageiros afirmam ter visto uma das vítimas cair sobre
o motorista, o que teria causado o acidente.
As vítimas são Emanuel José da Silva, idade não informada,
que seria o responsável por fretar o ônibus da companhia Gado Bravo Turismo,
para uma excursão religiosa que ia de Aroeiras, no Estado da Paraíba, até
Juazeiro do Norte, Ceará; e Antônio Vicente de Araújo Neto, 37.
O motorista foi encaminhado para o Hospital do Barro, mas
logo recebeu alta. Outros dois passageiros, com suspeitas de traumatismo
craniano encefálico (TCE), foram encaminhados para o Hospital Santo Antônio, em
Barbalha.
Como não eram funcionários da companhia de ônibus, segundo o
proprietário da empresa, Jailson de Santana, não poderiam viajar na cabine do
motorista, além de estarem sem os cintos de segurança. "Eles deveriam
estar no local destinado aos passageiros, com cinto de segurança. A cabine é
destinada apenas ao motorista, sendo utilizada pelos passageiros somente no
momento de embarque e desembarque. Essa infração é grave, segundo o Código de
Trânsito Brasileiro", afirma o Fabiano Pinheiro, chefe da PRF em Icó.
No dia 2 de novembro, quatro pessoas morreram em um acidente
de trânsito envolvendo um caminhão carregado de gesso e um veículo
pau-de-arara, na BR-316, na zona rural da cidade de Floresta, no Sertão
Pernambucano. Eles voltavam da Romaria de Finados, em Juazeiro.
Durante a operação Romaria Segura, em Juazeiro do Norte,
foram flagrados 48 veículos transportando 837 romeiros de forma irregular,
sendo 43 paus-de-arara e cinco ônibus escolares. A Romaria de Finados,
encerrada no último dia 2, foi marcada por inúmeros protestos. O
descontentamento dos romeiros, que paralisaram as principais vias que dão
acesso à cidade da fé, com pneus queimados e ônibus atravessados, se deu após a
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a PRF apreenderem um ônibus
com pelo menos 40 fiéis. O veículo, segundo a ANTT, apresentava
irregularidades.
Vale lembrar que os carros pau-de-arara são proibidos, por
não fornecer condições de segurança e conforto e contrariar o Código de
Trânsito Brasileiro.
O episódio despertou um questionamento: "Se é lei, por
que a fiscalização não é feita durante o ano todo, e não somente em épocas de
romaria?" perguntou a sergipana Kátia Lúcia Oliveira, que no momento da
retenção do veículo foi impossibilitada de chegar à cidade.
Segundo a ANTT, as apreensões ganham maior visibilidade no
período de Romaria por serem realizadas em maior número, devido ao grande fluxo
de veículos que se dirigem a Juazeiro do Norte. Mesmo assim, segundo o chefe da
PRF em Icó, Fabiano Pinheiro, todos os dias são feitas rondas nas rodovias,
além das abordagens nas unidades operacionais. Segundo dados fornecidos pela
Polícia Rodoviária, de 2014 até novembro deste ano houve uma queda de 32,09% no
número de acidentes. O número de mortes em acidentes caiu 33% e feridos 8,3%.
DIÁRIO DO
NORDESTE
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