A conta de luz pode começar a
ficar mais barata já nos primeiros meses deste ano, segundo afirmou, ontem, o
diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) José Jurhosa.
De acordo com o diretor, as
bandeiras tarifárias, encargo adicionado à conta de luz para custear as usinas
térmicas, devem começar a serem reduzidas.
Hoje, serão apresentados os
novos valores das bandeiras, mais baratos, além de ser criada uma quarta cor, a
rosa, com encargo intermediário -entre a bandeira amarela e a vermelha.
Atualmente, as bandeiras se
dividem em três cores, verde -que não adiciona qualquer valor-, amarela -que
adiciona R$ 2,5 a cada 100 kilowatts-hora consumidos-, e a vermelha -que
adiciona R$ 4,5 a cada 100 kilowatts-hora consumidos.
Desde a implantação do sistema
de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, a cor da bandeira está vermelha, o
que tem encarecido em 10% a conta de luz.
A expectativa é que as cores
sejam reduzidas gradualmente -primeiro para a nova cor rosa, depois amarela e,
por fim, verde.
Jurhosa afirmou também que há
poucos fatores de elevação da conta de luz para 2016.
Assim, com a retirada das
bandeiras, as tarifas cobradas dos consumidores tendem a ficar estagnadas, ou
até mesmo a cair.
Ainda há preocupação com o
Nordeste, que enfrenta escassez hídrica. As estimativas para o período chuvoso
para a região, que se inicia em maio, será definidor para o sistema das
bandeiras -as principais térmicas que estão ativas ficam nessa região.
“Poderíamos utilizar a usina de
Belo Monte para abastecer o Nordeste, mas com a liminar impedindo o enchimento
do reservatório, não sabemos quando poderemos usá-la”, disse Jurhosa.
Desde o início do ano, o
Ministério Público detém uma liminar impedindo a finalização da construção da
usina. O órgão alega que a empresa concessionária, a Norte Energia, não cumpriu
a exigência de reestruturar a Funai.
Jurhosa espera que a situação se
resolva nas próximas semanas. “Pareceu-me um argumento muito frágil para
arriscar todo um planejamento”, afirmou. (Folhapress)
O POVO
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