O presidente da Assembleia Legislativa do
Ceará, deputado Zezinho Albuquerque (Pros), afirmou, nesta segunda-feira, 22,
que a Casa dará “todo o suporte necessário a qualquer parlamentar que se sentir
ameaçado”. Hoje, o deputado estadual Renato Roseno (Psol) solicitou apoio do
Poder Legislativo para investigar boatos de que teria prestado assessoria
jurídica a acusado de assassinato. Roseno tem sido alvo de difamação e recebido
ameaças através das redes sociais.
Desde a sexta-feira, 19, Roseno tem sofrido
difamações nas redes sociais após boatos de que teria prestado assistência
jurídica ao suspeito de matar um policial com nove tiros no bairro Pici, em
Fortaleza. O parlamentar afirma que também buscará apoio do Governo do Estado e
da Polícia.
A informação inverídica surgiu em publicação
no Facebook e foi reproduzida pela mãe do policial, Daniara Maria Rabelo Félix,
durante uma entrevista à emissora de TV. O vídeo recebeu milhares de
compartilhamento e comentários no Facebook e no Whatsapp. Desde então, Renato
Roseno tem feito mobilização para esclarecer que não possui nenhuma relação com
o caso.
“Tenho buscado todos os meios de comunicação,
redes sociais, para conseguir de fato desfazer essa informação falsa. Sou
absolutamente claro: não prestei assessoria jurídica, não acionei, não
mobilizei minha assessoria para a defesa desse acusado de assassinato”,
esclarece Roseno.
Caso do policial
O boato compartilhado na Internet diz que o
deputado prestou apoio jurídico a Gabriel Alves de Lima, de 20 anos, preso no
dia 13 de fevereiro, suspeito de ter assassinado o policial militar do Ronda de
Ações Intensivas e Ostensivas (Raio), Augusto Herbert Félix, de 27 anos, e o
comerciante José Vilemar de Freitas, de 83 anos, no dia anterior à prisão.
Renato Roseno afirma que não teve nenhum
contato com esse caso ou o fez por intermédio de terceiros. Por ser servidor
público licenciado, o deputado não atua em escritório de advocacia jurídica e
sua assessoria na Assembleia trabalha apenas em ações voltadas para o mandato
político, esclarece.
“Nós estamos sempre cobrando apuração desses
casos e denunciando a falência da política de Segurança Pública em nosso
estado, a qual tem levado à ampliação da violência e das mortes, tanto de
policiais quanto de outras pessoas envolvidas em situações de conflito”, afirma
nota divulgada pelo deputado.
Perfil
O policial Augusto Herbert estava na PM há
seis anos. Ele ingressou na corporação no Batalhão de Policiamento Comunitário
(Ronda do Quarteirão), antes de entrar no Batalhão de Rondas e Ações Intensivas
e Ostensivas (BPRaio).
Ele estava em uma moto quando foi abordado por
uma dupla, também em uma moto, no bairro Pici. O policial reagiu e acabou sendo
baleado por Gabriel Alves de Lima. No tiroteio, o comparsa de "Biel",
Bruno de Barros foi morto. Minutos após o crime, Gabriel, conforme investigação
policial, matou o idoso em uma mercearia no bairro Jardim Iracema.
Gabriel foi preso no distrito de Pecém, em
São Gonçalo do Amarante (Grande Fortaleza).
O POVO
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