A
presidente Dilma Rousseff exonerou ministros do governo que têm mandato na
Câmara para reassumirem o cargo de deputados e votarem contra o impeachment no
fim de semana. As exonerações estão no "Diário Oficial da União"
desta quinta-feira (14).
Três
dos ministros exonerados são do PMDB: Celso Pansera (Ciência e Tecnologia),
Marcelo Castro (Saúde) e Mauro Lopes (Aviação Civil). O outro ministro
exonerado foi Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), do PT, que se elegeu
deputado em 2014.
Pansera
já havia anunciado que os três ministros do PMDB que são deputados retomariam o
mandato para votar a favor de Dilma, mesmo com a saída do partido da base do
governo. O PMDB mantém seis ministérios ao todo.
Também
foi publicada no "Diário Oficial" a exoneração de Gilberto Occhi,
ministro das Cidades. Nesse caso, a saída ocorreu porque o partido de Occhi,
PP, anunciou nesta semana que deixou a base do governo.
Sessão
de votação
A
Câmara anunciou nesta quarta-feira (14) como será a ordem de votação no
domingo, quando será analisado o impeachment no plenário. A chamada seguirá a
ordem de deputados do Sul para o Norte.
Entre
os parlamentares do mesmo estado, a chamada seguirá ordem alfabética dos nomes.
A votação começará pelos deputados do Rio Grande do Sul. Dentre estes, o
primeiro a votar, pelo critério de ordem alfabética, será Afonso Hamm (PP).
Depois
do Sul, serão chamados os deputados do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Norte.
Nos
bastidores, já havia a expectativa de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), começasse a chamada por deputados do Sul e Sudeste, para gerar um
clima “pró-impeachment” até o posicionamento de parlamentares do Norte e
Nordeste, onde supostamente o governo teria mais apoio.
No
entanto, Cunha negou que a medida vá favorecer qualquer um dos lados. “Isso é
uma situação absurda”, afirmou.
Fonte:
G1
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