O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), passou a noite de
ontem em articulações ao lado de seu chefe e tutor, Cid Ferreira Gomes, em
Brasília. Não quis saber das ações terroristas da facção criminosa Primeiro Comando da capital, o PCC,
que infernizaram e criaram pânico aos cearenses, em especial a estudantes de
São Benedito e à população de Fortaleza e Sobral, além de ameaça de invasão do
IJF e queima de uma viatura.
Camilo e Cid estavam negociando votos para barrar o
impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Mas foram derrotados na
pretensão de impedir a volta do deputado
Adail Carneiro (PP) à Câmara. Adail está
reassumindo seu mandato no lugar de Paulo Henrique Lustosa.
Esse fato desagradou Cid e, por extensão, irritou a Camilo.
Mas o governador não tem vontade própria. E como o PP está fechando questão, o
diretório regional do Ceará sofrerá intervenção. Hoje, o partido é ligado a Cid
e deverá ser comandado, em caso de impeachment, por gente vinculada ao novo
presidente da República, Michel Temer.
E para complicar, os dois deputados federais cearenses do
PP, Macedão e Adail, serão forçados a favor do impeachment ou perdem seus
mandatos. Essa decisão irritou profundamente Cid, e, por tabela, Camilo.
No PMDB do Ceará, outro problema. O deputado Aníbal Gomes se
operou e não votará domingo. Como não deu entrada no seu pedido de licença
médica, o deputado estará ausente da votação. Menos um voto que Cid tinha como certo.
Cid não se conformou ao saber disso, e qualificou o gesto de Aníbal como
“traição”.
Contudo, Cid e Camilo tiveram um êxito: o presidente nacional
do PROS, Eurípedes Júnior, liberou a bancada e o deputado Odorico Monteiro
poderá votar sem a ameaça de perda de mandato contra o impeachment.
Fonte: Ceará News 7
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