Na madrugada de 23 de fevereiro passado, uma
ventania derrubou parte do muro da Cadeia Pública de Várzea Alegre. Já se
passaram quase três meses e nada foi feito. Na época, a Secretaria de Justiça e
Cidadania do Estado do Ceará (Sejus) anunciou que iria realizar a obra de
reconstrução em caráter de emergência.
Na noite do desabamento, havia 25 presos, mas
nenhum conseguiu fugiu e na manhã seguinte os detentos foram transferidos. A
unidade prisional permanece interditada.
Na região Centro-Sul, a situação está ficando
insustentável em decorrência da falta de espaço nas unidades para acolher
presos. A Cadeia Pública de Iguatu há mais de dez meses está interditada, por
decisão do juízo da Vara de Execuções Criminais.
A unidade apresenta problemas de esgotamento
sanitário e estruturais. Sem receber novos detentos, surgiu outro problema que
vem se arrastando e trazendo preocupação: as duas celas da Delegacia Regional
de Polícia Civil permanecem lotadas. Já houve, neste ano, dois inícios de
rebelião, motim e greve de fome por parte dos detentos.
A demora em realizar a obra de reconstrução
traz indignação local. "Isso é uma vergonha", disse o morador,
aposentado, Francisco Bezerra de Souza. O Diário do Nordeste solicitou
esclarecimentos à Sejus sobre os problemas verificados nas cadeias de Várzea
Alegre e de Iguatu, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.
Fonte: Diário do Nordeste
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