Partidos se aproximam de definição de candidaturas às
eleições municipais de Fortaleza neste ano. Enquanto o deputado estadual
Capitão Wagner (PR), após reunião em Brasília nesta semana com o PSDB, aponta
para a consolidação de aliança entre as duas legendas, integrantes do PMDB
apostam na candidatura própria para a disputa.
Tucanos devem anunciar posição oficial no próximo dia 30, de
acordo com Capitão Wagner, que se encontrou com lideranças do partido na
capital federal.
Embora não revele detalhes sobre a conversa, Wagner acredita
que a decisão da sigla será “favorável” à coligação do PSDB com o PR.
Prevista inicialmente para o dia 16, a data foi adiada a
pedido do senador Tasso Jereissati (PSDB), que pretende participar das
negociações.
“O apoio do PSDB fortalece muito a minha candidatura em
Fortaleza, especialmente pela força e liderança de Tasso no Estado”, disse o
pré-candidato do PR. Para ele, tanto PSDB quanto Tasso “agregam muito” pelo
“grau de respeito elevado em uma área de muita penetração”, abrangendo
“empresários e formadores de opinião”.
O parlamentar desconversa ao comentar a possibilidade de o
PMDB se juntar à possível aliança. Porém, conforme Gaudêncio Lucena (PMDB),
vice-prefeito da Capital, as chances de apoio a outra sigla são reduzidas.
“Evidentemente, Wagner tem todo o interesse de conseguir
apoio nesta fase de pré-campanha. Mas deverá acontecer, ainda neste final de
semana, uma reunião com presidentes de partidos para encontrar uma solução”,
disse Gaudêncio.
De acordo com o peemedebista, a tendência na sigla “é de
candidatura própria” pelo desejo da maioria dos integrantes dos filiados.
Pré-candidato ao lado de Marcelo Mendonça e Vitor Valim -
nome mais forte do partido -, Gaudêncio acredita que a influência do presidente
em exercício Michel Temer é valiosa para o PMDB em todo o País.
“Haverá uma repercussão positiva para o partido no Brasil
inteiro. Temer tem a responsabilidade de tirar o País da situação crítica em
que se encontra e mostrar que o PMDB sempre lutou pelo Brasil”, reflete,
esclarecendo que é importante que, com um Presidente da República, é importante
que o partido tenha representação nas eleições municipais.
Heitor Férrer
Deputado estadual do PSB, o pré-candidato Heitor Férrer
afirma que seu nome está consolidado para as eleições deste ano. Apesar de
contar com poucos apoios, Heitor acredita que o cenário é favorável a sua
campanha.
“Esse grande número de candidatos é positivo para mim, já que
os partidos se diluem mais. Eu tenho lastro, criado nas eleições passadas, em
que fui candidato e ao longo de minha vida política”, avalia.
NÚMEROS
28/5
Data da reunião do PT para definir nome de candidatura
30/5
Data de reunião de PR e PSDB para decidir sobre aliança
Saiba mais
Capitão Wagner é saída para PMDB
Para André Figueiredo, presidente estadual do PDT, partido do
candidato à reeleição Roberto Cláudio, o PMDB tem nomes de força na
pré-candidatura, “como o do deputado federal Vitor Valim”, mas “não possui estrutura”
para lançar candidatura própria. “Não vejo, no PMDB, outra alternativa a não
ser se coligar com Capitão Wagner”, diz.
PSOL quer candidato
Apesar de não haver definição no partido, o deputado estadual
Renato Roseno, que já foi candidato pela legenda, argumenta que o partido
precisa fazer oposição autônoma. “O desafio do Psol é ser foco de resistência e
tentar apresentar uma visão crítica nesse ambiente político ainda mais
conservador”, revela.
O POVO
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