O boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado do
Ceará (Sesa), divulgado no fim da tarde da sexta-feira (24), trouxe duas novas
confirmações de mortes por dengue. De seis, o número de vítimas acometidas pela
doença, que perderam a vida, passou para oito. Desta vez, ambos os óbitos foram
em Fortaleza. Assim, do total de mortes, quatro já aconteceram na Capital
apenas neste ano.
O documento alerta para o aumento no número de casos
validados de dengue. Até a semana epidemiológica 24, de 3 de janeiro de 2016 a
17 de junho de 2016, no Estado, foram notificados 56.631 casos, destes, 14.524
se validaram após exames. Agora, são 60.686 notificações, com 16.383
confirmações.
Além das quatro mortes na capital cearense, outras pessoas
foram a óbito devido à dengue em Aracati (1), Fortim (1), Icó (1) e Catarina
(1). Se comparado os boletins dos dias 17 e 24 de junho, em uma semana, as
validações de casos relacionados à doença em Fortaleza aumentaram de 6.519 para
7.500, representando um acréscimo de 15%.
Investigação
Conforme a Pasta, no mesmo período de 2015, ocorreram 21 óbitos.
Assim, a Secretaria apresenta, por meio de dados, uma redução de 62% no número
de mortes por dengue. Atualmente, a Sesa investiga 40 óbitos provavelmente
relacionados à dengue, quatro a mais que o penúltimo boletim. Os dados trazidos
no boletim mostram ainda que há casos confirmados em todas as Coordenadorias
Regionais de Saúde (Cres) e em 78,8% dos municípios. A faixa etária que
predomina é de pessoas de 20 a 29 anos. Em 2016, houve 16 casos de dengue
grave. Em igual período de 2015, ocorreram 66.
Também causada pelo mosquito Aedes, a chikungunya é outra
doença que preocupa. Neste ano, ela já acometeu 4.821 pessoas no Estado,
segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Sesa no dia 17 de junho
de 2016. Ainda de acordo com o documento, havia 17 mortes suspeitas motivas
pela doença. Destas, duas já foram confirmadas, quatro descartadas e 11 em
investigação.
Em Fortaleza, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) havia
registrado até a 24ª semana epidemiológica - referente ao período de 10 a 17 de
junho - 5.783 casos de chikungunya notificados durante o ano. Do total, 3.876
foram confirmados.
As duas doenças têm como transmissor o mosquito Aedes
aegypti, que deve ser combatido com o apoio da população, evitando o acúmulo de
água limpa dentro de casa, assim como em varandas ou quintas. Agentes da
Prefeitura Municipal têm visitado imóveis na Capital visando combater os focos
do vetor, inclusive com ações de entrada forçada em equipamentos fechados.
Fonte: Diário do Nordeste
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