A Secretaria da Fazenda
do Ceará (Sefaz-CE) afirmou, em nota, que os dois fiscais investigados pela
Polícia Federal (PF) por facilitar a entrada de drogas no Estado devem ser
demitidos. O Diário do Nordeste publicou, na edição de ontem, que dois
servidores do órgão são alvos de uma apuração da PF acusados de terem cobrado
propina de R$ 30 mil para permitir, em 2014, a passagem de um caminhão com duas
toneladas e meia de drogas oriundas do Paraguai.
A carreta foi parada no
Posto Fiscal da Sefaz, em Aracati, no dia 22 de setembro de 2014. Na ocasião,
os servidores solicitaram a documentação da carga. Ao fazer uma vistoria,
descobriram que além de gêneros alimentícios, o veículo transportava uma carga
de maconha, avaliada, à época, em mais de R$ 2 milhões.
Conforme o processo, que
tramitou na 12ª Vara da Justiça Federal, em Fortaleza, para liberar o caminhão
os fiscais exigiram a quantia de R$ 30 mil, ao invés de acionar a Polícia.
A quadrilha de
narcotraficantes era vigiada por agentes da PF, que prenderam o bando, em um
galpão, no bairro Barroso, Grande Messejana.
De acordo com a Sefaz,
assim que tomou conhecimento do caso, ainda em 2014, solicitou cópia das
informações contidas no inquérito da PF. A partir da análise desse material,
"determinou a suspensão, da atividade do trânsito de mercadorias, dos dois
servidores investigados, para a fase de sindicância interna".
O órgão afirmou, ainda
que a Comissão que atuou na sindicância interna concluiu pela abertura de
Processo Administrativo Disciplinar (PAD), "já que o conjunto probatório
contido na sindicância indicou a possibilidade de aplicação da sanção de
demissão". No entanto, a Sefaz esclareceu que o PAD deve ser instaurado
pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). Além do procedimento administrativo,
contra os dois servidores foi instaurado um inquérito na Delegacia de Repressão
a Entorpecentes (DRE), da PF.
Paraguaio
Todos os seis acusados
foram condenados a mais de dez anos de prisão. Um dos integrantes da quadrilha
de traficantes internacionais, o ex-policial paraguaio Pastor Florêncio Cabral
Gimenes, fugiu misteriosamente, em março deste ano, da Unidade Prisional Agente
Luciano Andrade Lima, antiga Casa de Privação Provisória de Liberdade I (CPPL
I). Ele era o elo entre o dono da droga e o chefe do bando, o paranaense David
de Oliveira Gongalves, o ´JJ´ ou ´DVD´.
O paraguaio, que continua
foragido, escapou junto com outros assaltantes de bancos e traficantes de
drogas. Dos seis réus sentenciados, um fugiu, quatro cumprem pena na antiga
CPPL I e outro na Unidade Penitenciária Francisco Hélio Araújo Viana, em
Pacatuba.
Fonte: Diário do Nordeste
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