segunda-feira, 18 de julho de 2016

APREENSÕES DE DROGA SINTÉTICA NO CEARÁ AUMENTAM EM 2016

De janeiro a junho deste ano, a Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD), da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), apreendeu 3.767 unidades de ecstasy, 3.027 unidades de LSD e 25 gramas de MDMA.

Os números são mais de quatro vezes superiores aos de 2015, quando foram 1.580 unidades das duas substâncias somadas. Antes disso, não há registros de apreensões.

Além disso, as drogas ditas "tradicionais", como crack, cocaína e maconha, também tiveram significante aumento nas apreensões durante o primeiro semestre deste ano. Em seis meses, já superou toda a quantidade retida ano passado. Já são 877.641,30 quilos de entorpecentes, ante 778.610,81 quilos em todo o ano de 2015. O primeiro semestre do ano passado registrou apreensão de 390.384,81 quilos de drogas.

Ações

O combate ao tráfico de drogas sintéticas foi intensificado pela Polícia Civil desde o ano passado. O diretor da Especializada, delegado Sérgio Pereira, enfatizou a dificuldade encontrada nos trabalhos de acompanhamento da venda ilícita. "Investigamos durante vários meses, com policiais acompanhando bem de perto, sem ser identificados mas se expondo. A organização criminosa tenta se assemelhar ao Estado, com relação à estrutura. Fazemos investigação, levantamento e o traficante faz também", disse.

A diretora-adjunta, delegada Patrícia Bezerra, também exaltou o trabalho da equipe de policiais da Especializada. "A nossa Polícia é boa. Nossos policiais são bons, competentes. São verdadeiros heróis, lidando com o pior tipo de crime, o organizado. Criminosos que têm armamento superior ao nosso, de grosso calibre. E nossos policiais estão lá, se expondo, colocando a vida em risco", indicou.

A delegada frisou que os policiais buscam estar sempre aprendendo sobre os novos tipos de drogas que são produzidos. Além disso, alertou para a má qualidade dos produtos vendidos no mercado ilícito no Ceará.

"No mês de março, quando desencadeamos a ´Operação Avatar´ e prendemos 10 pessoas, fechamos o primeiro laboratório de sintéticos do Estado. Acreditamos que o rapaz que morreu, e as outras pessoas que passaram mal na festa, foram vítimas de drogas produzidas aqui", disse.


Fonte: Diário do Nordeste

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