A greve dos bancários entrou no 4º dia nesta sexta-feira (9)
com 307 agências fechadas no Ceará, o que equivalente a 54% do total de bancos
no estado. A paralisação, aprovada em assembleia no último dia 1º, atinge
bancos públicos e privados do estado.
Os profissionais não aceitaram a proposta de reajuste
salarial de 6,5% apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e
decretaram greve por tempo indeterminado. Conforme o Sindicato dos Bancários do
Ceará, uma nova proposta foi apresentada nesta quinta-feira.
Em rodada de negociação realizada em São Paulo, os banqueiros
ofereceram 7% de reajuste e R$ 3,3 mil de abono, mas a rodada foi suspensa. A
negociação ainda deve continuar nesta sexta-feira, já que o fechamento das agências
ocorre por tempo indeterminado.
Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação
projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o
bolso de cada bancário.
Reivindicações
Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5%
de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo
calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$
8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
Segundo a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a proposta
representa um aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de
R$ 2,7 mil, por exemplo.
Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de
12,3%; e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso salarial para a
função de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96, por jornada de 6
horas/dia.
Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembrou
que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e
pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de
folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas
lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de
concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer
depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano
passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados
fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs
reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.
Do G1 CE
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