Os recursos para as obras do Cinturão das Águas do Ceará
(CAC) que vai distribuir a Transposição do Rio São Francisco em várias regiões
do Ceará foram ampliados em 163%, nos últimos cinco meses. Entre junho e
outubro, o Ministério da Integração Nacional (MI) transferiu R$ 115,7 mi para o
governo do Estado, assegurando a continuidade da obra, atrasada em seus cinco
lotes.
Reunião
Ontem à noite, o governador Camilo Santana esteve reunido com
o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, para solicitar liberação de
verba das obras de infraestrutura e cobrar ações da União para retomada das
obras de Transposição das Águas do Rio São Francisco, cujo Eixo Norte que vai
transferir recurso hídrico para o Ceará está paralisado desde junho.
O MI informou que o maior volume de desembolso para o CAC
ocorreu entre setembro e outubro deste ano, com recursos de R$ 85,7 mi. O
empreendimento vai permitir que a água do Projeto de Integração do Rio São
Francisco chegue a várias regiões do Estado, inicialmente, ao Açude Castanhão,
por meio do Rio Salgado que desemboca no Rio Jaguaribe, no município de Icó,
assegurando, dessa forma, o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza.
Entre janeiro e maio, deste ano, foram liberados R$ 44
milhões, segundo o MI. Os recursos fazem parte do conjunto de medidas para
atenuar os efeitos da seca e estiagem em Estados do Nordeste que sofrem com a
irregularidade das chuvas há cinco anos. O Trecho 1 do CAC será interligado ao
projeto por meio das barragens Jati e Porcos, localizadas entre Brejo Santo e
Jati (CE). Quando concluída a etapa mais de um milhão de pessoas serão
beneficiadas.
Em outubro foram pagos R$ 103,7 mi, sendo R$ 43,2 mi para o
CAC; R$ 28 mi para o Canal do Sertão Alagoano; R$ 25 mi para a Adutora do
Agreste; e R$ 7,4 mi para a Vertente Litorânea.
Recentemente, o governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou
que, se ocorrer um colapso hídrico na RMF, a partir de fevereiro de 2017 e em
outras regiões do Estado, a culpa será do governo federal por causa do atraso
nas obras de Transposição das Águas do São Francisco.
Andamento
No último sábado (5), o Diário do Nordeste mostrou a situação
das obras que objetivam salvar o Estado de um colapso hídrico, com o título
´Obras de transposição soam como promessas distantes´. O trecho principal e
mais adiantado do CAC, no momento, é o lote I, com 49% já executados. Ele se
concentra na área que receberá as águas da transposição, a partir do município
de Jati, no Riacho dos Porcos. O lote II, na zona rural de Missão Velha, tem
23% dos serviços concluídos, porém há mais de um ano está parado. O lote III
está com 19%, o lote IV, com apenas 4,26% e o quinto lote (que corresponde aos
túneis), com 51% dos serviços executados.
Fonte: Diário do Nordeste
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