A segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu
nesta terça-feira (6), por unanimidade (quatro votos a zero), abrir ação penal
contra o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) no âmbito da Operação Lava Jato.
Os ministros da Turma aceitaram denúncia oferecida em junho
pela Procuradoria Geral da República. Aníbal Gomes responderá pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Com a decisão dos ministros, será iniciada, a partir de
agora, a fase chamada de instrução processual, na qual há a coleta de provas e
depoimentos de testemunhas, tanto de defesa quanto de acusação. Ao final desse
processo, o STF terá que decidir se condena ou absolve o parlamentar.
Procurado pelo G1, o deputado disse que provará a inocência
dele com "tranquilidade". "O Ministério Público me denunciou, o
Supremo aceitou e eu, agora, vou ter a oportunidade de mostrar que sou
inocente", afirmou.
Segundo a investigação, um ex-assessor de Aníbal Gomes
recebeu R$ 3 milhões em sua conta, em setembro de 2008, valores oriundos de um
acordo entre a Petrobras e um sindicato de práticos. O esquema foi revelado na
delação premiada do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.
Renan Calheiros
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a
ser investigado no mesmo inquérito sobre Aníbal Gomes, mas o procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, pediu para arquivar as suspeitas contra o
peemedebista.
Segundo a delação de Paulo Roberto Costa, Aníbal Gomes era o
representante de Renan Calheiros em negociações.
G1
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