A Assembleia Legislativa aprovou nesta noite de quinta-feira,
em clima de protesto dos servidores acomodados nas galerias, a proposta de
aumento da contribuição previdenciária estadual de 11% para 14% e a
contribuição patronal de 22% para 28%. Segundo a base governista, uma
necessidade porque o deficit anual na área supera R$ 1 bilhão por ano. O
placar: 26 pelo Sim e 8 pelo Não.
Durante a votação, Tin Gomes (PHS), que presidiu os
trabalhos, pediu que permanecessem apenas os parlamentares no plenário da Casa.
Vários parlamentares se revezaram na tribuna defendendo a
matéria ou colocando pontos contrários.
Renato Roseno (PSOL) qualificou de atitude covarde, pois
recai a conta sobre os servidores. Considerou absurdo ainda que o governo
cearense se antecipe até ao debate sobre previdência em Brasília. Ely Aguiar
(PSDC) definiu a matéria como “covardia”. Já Heitor Férrer (PSB) afirmou que o
trabalhador paga pela corrupção. “O governo Camilo é mais Temer que o Governo
Temer”, ironizou.
Representantes de categorias como a da segurança pública
diziam que viria ofensiva contra a medida, por meio de paralisações.
Nesta quinta-feira, a Assembleia aprovou também o aumento de
17% para 18% da alíquota do ICMS. O secretário da Fazenda, Mauro Filho,
comemorou e disse que essa medida é fundamental para garantir o equilíbrio das
contas estaduais.
Também foi aprovada a proposta que autoriza a concessão de
ativos e equipamentos do Estado como Centro de Eventos, rodovias, Acquario,
Cinturão Digital, Metrofor e Centro de Formação Olímpica.
Já nesta sexta-feira a Comissão de Orçamento da Casa colocará
em discussão a proposta orçamentária do Estado para 2017 estipulada em cerca de
R$ 25 bilhões.
Se, por acaso, algum parlamentar pedir vistas, a matéria
ficará para ser votada só na próxima terça-feira.
O POVO
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