Ex-governador Cid Gomes é apontado como um dos envolvidos na
lista da propina
A Operação Lava Jato vai desembarcar no Ceará em 2017. Com o
retorno das atividades da Justiça Federal após o recesso de fim de ano, em
fevereiro próximo, as investigações sobre o desvio de verbas públicas com o
pagamento de propinas a gestores públicos deverão alcançar políticos e
dirigentes de estatais e empreiteiras.
Na mira da investigação estão vários gestores públicos locais,
entre eles, e com mais destaque, o ex-governador Cid Ferreira Gomes (PDT), que
poderá ter a prisão decretada assim como outros políticos ligados a setores que
lidaram com obras de grande porte, como a reforma da Arena Castelão para os
jogos da Copa do Mundo da Fifa.
Outras obras que estão sendo vasculhadas por procuradores e
delegados são o Centro de Formação Olímpica (CFO), hoje abandonado; e a
construção do Centro de Eventos do Ceará. A delação premiada de empreiteiros na
Lava Jato vai levar Cid Gomes e outros políticos do Ceará a terem que “ajustar
contas” com a Justiça Federal do Paraná, onde procedem as investigações e onde
são acertadas com o juiz federal Sérgio Moro a possibilidade de delações e os
acordos de leniência.
Três empreiteiras são alvo da Justiça no Ceará: Galvão
Engenharia, EIT e Odebrecht.
Somente nas obras de reconstrução do Castelão (que passou de
estádio para arena), foram gastos cerca de R$ 623 milhões. A Galvão Engenharia
autuou na obra em regime de consórcio com outras duas empreiteiras, a Andrade
Mendonça e a BWA.
Já o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, foi construído
a partir de 2013 e somente ficou completamente pronto no ano passado, custando
aos cofres públicos cerca de R$ 250,4 milhões. E o Centro de Eventos do Ceará
foi construído por R$ 486.51 milhões, cerca de 33,7 por cento a mais que o
valor inicial, de R$ 363,8 milhões.
Nomes
Em poder dos procuradores estão os nomes dos gestores e
políticos a serem investigados. A lista encabeçada pelo ex-governador Cid Gomes
já tem certos 15 nomes, mas pode aumentar com o aprofundamento do trabalho do
MPF e da PF, chegado a 45 pessoas físicas, que correm o risco de irem parar na
cadeia.
Fonte: Ceará News 7
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