BRASÍLIA — Após quase 12h de sessão, a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) aprovou na noite desta terça-feira a indicação de
Alexandre de Moraes, ministro licenciado da Justiça, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Moraes teve 19 votos favoráveis, e 7 contra. A votação foi
secreta.
A aprovação em definitivo depende do plenário do Senado, que
votará a indicação nesta quarta-feira, às 11h.
Para evitar imagens do voto, a votação foi em uma cabine,
mesmo sendo em processo eletrônico.
A líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR), não votou e se
decltrou impedida de votar.
O último a fazer perguntas foi o senador José Maranhão
(PMDB-PB), ex-presidente da CCJ. Ao todo, 32 falaram, de 40 inscritos.
— Não somos um clube para apreciar os nomes —disse Maranhão,
elogiando a indicação de Michel Temer.
Na fase final, Moraes respondeu à senadora Rose de Freitas
(PMDB-ES) sobre "letargia" da Justiça.
— Somente nos damos conta dessa letargia quando somos parte
do processo — afirmou.
Moraes ainda foi questionado pelo senador Paulo Paim (PT-RS)
sobre reforma da Previdência e promete fazer "análise detalhada" se
pontos chegarem ao STF.
— Sempre há algumas cláusulas que são mais do que direitos
sociais, são individuais. Moraes citou a licença-gestante — disse.
O ministro voltou a defender maior tempo de internação para
menores de 18 anos que cometerem infrações correspondentes a crimes hediondos.
Para delitos menores, ele disse que o Ministério da Justiça está se preparando
uma "desinternação" dos menores.
Fonte: O GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário