As confirmações de casos de
febre chikungunya, doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti — assim como
dengue e zika —, aumentaram 722% no período entre a primeira semana de
fevereiro e a penúltima semana de março, de acordo com boletim de arboviroses
da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). O número sobe de 227 para 1.867. Do
total, 1.024 são registrados em Fortaleza. As notificações de casos tiveram
crescimento de 546%, aumentando 1.341 para 8.667.
Dos casos confirmados, 67,7%
concentraram-se nas faixas etárias entre 20 e 59 anos e 61,4% são mulheres.
De acordo com a coordenadora de
Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde (Sesa), Daniele Queiroz, o
aumento se dá devido ao período de sazonalidade da doença, relativo ao aumento
de chuvas, calor e umidade. Segundo ela, a suscetibilidade da população à
chikungunya, tendo em vista que é uma doença recente, também é uma das razões
para o aumento significativo de casos.
Para Daniele, no entanto, a
situação do Estado ainda é de “baixo risco”. “A incidência é de 93,7 casos
suspeitos por 100.000 habitantes”, detalha. Ela cita que existem municípios
apresentando cenário de alto risco, com incidências acima de 300 casos por 100
mil habitantes. De acordo com boletim da Sesa, os municípios de Aracoiaba,
Independência, Ocara, Groaíras, Canindé, Caucaia e Cascavel estão nessa
situação. As cidades de Baturité e Pentecoste preocupam, apresentando
incidência maior de casos do que a taxa de alto risco.
Notificação
O alto número de notificações,
de acordo com a coordenadora, é devido a “alta incidência de várias viroses que
podem ser confundidas pela sua sintomatologia”. “A notificação é feita diante
da simples suspeita. Para confirmar deve-se utilizar o critério laboratorial ou
por vínculo com outros casos que tiveram confirmação laboratorial, e ainda pela
clínica”, esclarece a coordenadora.
Medidas
Ainda segundo Daniele, “a Sesa
dispõe de um plano de Vigilância e Controle das Arboviroses, lançando no final
do ano passado, para auxiliar as Coordenadorias Regionais de Saúde e municípios
nas ações de enfrentamento”. “É realizado um monitoramento semanal da situação
entomoepidemiológica dos municípios, gerando cartas de alerta a todos os que se
encontrarem em situação de risco aumentado para arboviroses. Além de um Comitê
Estadual de Enfretamento do Aedes aegypti com representantes das Secretarias de
Governo e outros órgãos”, cita,
Redação O POVO Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário